Acusado de mandar matar fiscais em Unaí é preso em Brasília

Denunciado como mandante do assassinato de três fiscais e um motorista do Ministério do Trabalho, em janeiro de 2004, o fazendeiro Norberto Mânica foi preso hoje pela Polícia Federal, em Brasília, por ordem da 9ª Vara da Justiça Federal de Minas Gerais. Mânica, que foi preso meses depois do crime e solto no final do 2005 por habeas-corpus do Supremo Tribunal Federal (STF), é acusado de obstruir a Justiça e atrapalhar a instrução criminal.

Sem saber que era alvo de uma ordem judicial, Mânica compareceu à Superintendência da PF em Brasília para depôr e recebeu voz de prisão preventiva. Ele foi a levado para exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML) e será transferido amanhça para a Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, onde aguardará julgamento. O Ministério Público levantou provas de que o fazendeiro pressionava e tentava subornar testemunhas do processo.

Os quatro funcionários do Ministério do Trabalho investigavam denúncia de trabalho escravo no interior de Minas, onde a família Mânica é detentora de grandes propriedades. Eles foram emboscados e mortos a tiros em uma estrada na zona rural de Unaí a 580 quilômetros de Belo Horizonte.

A prisão dos pistoleiros, depoimentos prestados por testemunhas e provas materiais reunidas pelas Polícias Federal e Civil de Minas levaram a Mânica e seu irmão, Antério, prefeito de Unaí, como principais suspeitos de serem os mandantes da chacina. Os dois foram soltos pelo STF e apenas os quatro acusados de autoria material continuam detidos.

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