Acordo entre governo e Polícia Federal afasta ameaça de greve

As categorias que integram a carreira de policial federal – delegados, agentes, peritos, escrivães e papiloscopistas (especialistas em identificação) -, fecharam acordo com o governo e afastou a ameaça de greve geral. Em assembléias nos Estados, após três dias de paralisação de emergência, os policiais aceitaram nesta sexta-feira (25) um reajuste de 30% escalonado em três parcelas. O reajuste, a ser concedido por Medida Provisória, prevê índices que variam, conforme a categoria, de 6,36% a 7,36% nesta primeira parcela, prevista para setembro.

Em fevereiro de 2008 os policiais receberão entre 11,66% e 13 49% e a última parte, a ser paga em fevereiro de 2009, fixa os índices entre 3,18 e 3,68%. Como os reajustes são cumulativos, a conta final fecha em cerca de 30%. Só falta agora o governo fechar acordo com os servidores administrativos, que negociam à parte. "A proposta não representa o ideal, já que o acordo deveria ter sido cumprido ainda em 2006, mas foi o melhor possível para o momento", comentou o presidente da Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal, Sandro Torres Avelar.

O acordo com os dirigentes do pessoal da PF foi fechado após cinco horas de reunião, que entrou noite a dentro, ontem, com técnicos dos Ministérios do Planejamento e da Justiça. O aumento representará um impacto de R$ 68,9 milhões na folha salarial da PF neste ano e de R$ 573,7 milhões, em 2009, quando as três parcelas tiverem sido pagas.

Com o reajuste, o menor salário de um policial federal (agente de terceira classe, em início de carreira), passará em setembro dos atuais R$ 6,2 mil para R$ 6,6 mil brutos (aumento de 6,3%). O maior salário, delegado especial, saltará de R$ 15,4 mil para R$ 16,6 mil (8,4%).

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