Abit entra com pedido de salvaguarda contra produtos chineses

A Associação Brasileira da Indústria Têxtil (ABIT) protocolou hoje no Departamento de Defesa Comercial (Decom), do Ministério do Desenvolvimento, o primeiro pedido de salvaguardas contra a importação de produtos chineses. A regulamentação do mecanismo de proteção comercial aconteceu na semana passada, com a publicação de decretos presidenciais no Diário Oficial da União. O Decom terá até 4 meses de prazo para analisar o pedido da ABIT.

Antes de abrir o processo de investigação, o governo poderá abrir consultas bilaterais com o governo chinês com objetivo de buscar um acordo comercial que sane os problemas da indústria nacional. No caso do setor têxtil, entretanto, a realização dessas consultas fica condicionada a que a China limite, de imediato, suas exportações para o Brasil, para não permitir que o crescimento da quantidade importada ultrapasse em 7,5% a quantidade importada pelo Brasil em um período de 12 meses, contados excluindo os últimos dois meses antes do pedido de salvaguardas. Para produtos de lã, o porcentual de crescimento ficou limitado em 6%. Segundo os dados do Ministério do Desenvolvimento, as importações originárias da China cresceram 49,1% de janeiro a agosto deste ano na comparação com o mesmo período de 2004. Em valor, passaram de US$ 153,9 milhões para US$ 229,5 milhões.

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