X-Men: O confronto final

d65.jpgEm X-Men: O confronto final, o clímax da trilogia cinematográfica X-Men, uma ?cura para as mutações ameaça alterar o curso da história. Pela primeira vez, os mutantes têm uma escolha: manter aquilo que os faz únicos, ainda que isso os isole e os afaste do resto da sociedade, ou desistir de seus poderes para serem aceitos por ela. Os líderes dos mutantes, com pontos de vista opostos Charles Xavier, que prega a tolerância, e Eric Lensherr (Magneto), que acredita na sobrevivência dos mais fortes , têm de enfrentar o maior teste de todos: começar a guerra que porá fim a todas as guerras.

X-Men: O confronto final reúne as estrelas dos dois primeiros filmes X-Men: Hugh Jackman como Wolverine, uma máquina de combate solitária que possui impressionantes poderes de cura, garras de adamantium retráteis e a fúria de um animal; Halle Berry como Tempestade, que pode manipular todas as formas de clima – e voar; Ian McKellen como Magneto, um mutante poderoso capaz de controlar e manipular metais; Patrick Stewart como Xavier, telepata, fundador e líder dos X-Men; Famke Janssen como Jean Grey, uma mutante com um poder incalculável de telecinese e telepatia; Anna Paquin como Vampira, que absorve o poder e ameaça a vida de qualquer pessoa que ela toque; Rebecca Romijn como a mutante capaz de metamorfose mística; James Marsden como Cíclope, cujos olhos lançam um raio de energia que podem rasgar montanhas; e Shawn Ashmore como o Homem de Gelo, que pode reduzir a temperatura de seu corpo e irradiar frio intenso.

Também reprisando seus papéis de X-Men 2 estão Aaron Stanford como o mutante manipulador de fogo Pyro e Daniel Cudmore como Colossus, que pode transformar sua pele em aço orgânico.

 Kelsey Grammer se junta ao elenco de X-Men: O confronto final como um dos mutantes mais amados do universo desses personagens: o Dr. Henry ?Hank? McCoy, também conhecido como Fera.

McCoy é um cientista genético brilhante, um mutante dotado de agilidade e força sobre-humanas. Como vítima de um de seus próprios experimentos, McCoy acelerou sua mutação, e viu crescer em seu corpo pelos azuis de animais.

Brett Ratner, que dirigiu a série de filmes A hora do rush, e expandiu o universo de O silêncio dos inocentes com o filme Dragão vermelho, dirige.

 X-Men: O confronto final mantém sua ligação ao tom e as tramas de X-Men e X-Men 2, ao mesmo tempo em que expande seus personagens, equilibrando o espetáculo, a realidade e, especialmente, aprofundando a emoção e os relacionamentos dos personagens.

Ao fazer isso, X-Men: O confronto final levanta assuntos importantes hoje em dia: o conformismo é um antídoto ao preconceito? É covardia desistir de sua individualidade para ser aceito e evitar perseguições? O direito pessoal de escolha é inviolável? Um grande poder é uma bênção e uma maldição?

Os autores concordam que X-Men: O confronto final é a obra mais ambiciosa da trilogia. ?Este filme é mais rico do começo ao fim??, conta Patrick Stewart. ?Vai agitar a todos – e tem de fazer isso mesmo! Tem um ponto de partida intrigante que faz com que você se envolva imediatamente e emocionalmente com os personagens.??

A trama envolvendo a cura aborda um dos temas recorrentes dessa série cinematográfica até o seu ponto máximo. Foi um assunto que provocou reações bastante pessoais dos atores.

?A cura é o verdadeiro vilão da história??, conta Halle Berry. ?É um assunto com o qual tive de lutar minha vida toda. Quando era criança, eu achava que se eu conseguisse mudar a mim mesma, minha vida seria melhor. À medida que crescia, consegui entender que isso era uma bobagem completa, e este filme joga mais luz nesse assunto obscuro.?

A cura enfurece Magneto, permitindo que ele saia de seu esconderijo, reúna um exército, e dê início a uma revolução dos mutantes, de um modo jamais visto. Magneto e seus capangas querem eliminar essa cura e qualquer um – mutante ou humano – que a apóie.

?Magneto diz a seus seguidores, ?Ninguém vai nos curar; nós somos a cura!?,conta Ian McKellen. A idéia de erradicar aquilo que diferencia um indivíduo da maioria é um anátema para o respeitado ator britânico, assim como é para seu personagem nas telas. ?É uma aberração para mim, como seria se uma pessoa me dissesse que eu preciso me curar da minha sexualidade, ou se alguém dissesse que os negros pudessem tomar uma pílula que iria ?curá-los? do fato de serem negros.?

Jackman mostra que tal assunto e os conflitos que seguem a ele são ?de importância intrínseca? para os X-Men. O ator explica melhor a complexidade da vida dos mutantes. ?Existe um outro lado dela para ser explorado?, explica ele. ?Veja Vampira, por exemplo. Suas habilidades (de absorver os poderes de outros mutantes, o que pode causar a morte) são impressionantes, e ainda assim ela tem uma vida muito solitária. Ela nunca pode tocar em ninguém, ter um relacionamento físico, ou ter filhos. Por mais que politicamente tal cura seja uma aberração, é também compreensível que alguém como ela pensasse em fazer uso dela.?

Fera, um mutante com a aparência menos humana de todas, também vive conflitos em relação à cura. ?Ao contrário dos outros X-Men, a mutação de Fera não é escondida??, conta Kelsey Grammer. ?Então não é muita surpresa que ele pode, mesmo que por pouco tempo, explorar a idéia de ser ?um sujeito comum?. Ele percebe, claro, que ser ?comum? não é seu destino. Ele é uma alma muito corajosa, a coragem verdadeira significa tomar conta de seu destino e fazer o bem com ele. E exatamente isso que o Fera faz.?

Esses temas emocionais estão ligados a algumas das histórias mais amadas de toda história ilustre dos quadrinhos X-Men. ?Ninguém havia realmente tentado dar um nível significante de emoção aos quadrinhos, antes de X-Men nos anos 70s?, conta Zak Penn que, como o autor Simon Kinberg, é um grande fã da série. ?A idéia de recapturar esse tipo de emoção forte era algo que nós devíamos a essa série cinematográfica. É o único modo de fazer com que as platéias sintam que este universo é real, que ela saiba que coisas tanto boas como ruins podem acontecer.

Kinberg completa: ?Uma das coisas mais importantes em relação aos quadrinhos era que os leitores desenvolviam uma ligação emocional aos personagens. De revista em revista, eles não voltavam simplesmente pelas histórias; eles voltavam por causa dos personagens?.

Brett Ratner foi atraído pelo fato de o roteiro aumentar ainda essa aposta, assim como pelo fato de que ele se encaixava perfeitamente naquilo que havia acontecido antes em X-Men e X-Men 2. ?Os filmes de Bryan Singer serviram de modelo para mim?, conta Ratner. ?Eu queria manter o tom e as tramas que Bryan e os outros atores haviam criado. As platéias se importam por esses personagens, e é importante para mim continuar verdadeiro naquilo que são. Meu objetivo era pegar o que havia dado certo nos dois primeiros filmes, mas tornar tudo mais emocional e resolver algumas tramas das história.?

Os membros do elenco que fizeram parte dos dois filmes gostaram da abordagem de Ratner. Conta Hugh Jackman: ?Brett respeita e se mantém fiel à visão de X-Men e X-Men 2, mas ao mesmo tempo está levando essa franquia para um novo nível, colocando mais emoção e aprofundando os relacionamentos??.

Halle Berry faz elogios a Ratner e aos roteiristas por conseguirem esclarecer as responsabilidades de Tempestade, seu ponto de vista e seu potencial. ?Eu sei que Brett foi fundamental em fazer com que isso acontecesse?, conta Berry. ?Ele sempre foi alguém que apoiou essa descoberta de uma voz consistente para Tempestade. Não era uma questão de eu ter mais diálogos. Mas quando estou na tela, eu quero que isso seja importante.?

Hugh Jackman completa: ?Nos dois primeiros filmes, Wolverine relutava em se juntar aos X-Men ou continuar fiel a sua natureza e assim permanecer solitário. Em X-Men: O confronto final, a questão se torna mais se ele vai aceitar um papel de liderança junto aos X-Men. Isso aumenta muito os riscos, o que é essencial, porque o que eu sinto que se você vai repetir um papel, quer dar um passo além. Este filme permitiu que eu fizesse isso?.

Como Jackman, Berry, seus colegas de elenco, e Brett Ratner indicam, X-Men: O confronto final é cinema hollywoodiano em grande escala. Isso estava bastante distante do que Stan Lee e Jack Kirby imaginaram quando eles criaram os X-Men há 40 anos. Lee e Kirby deram vida a personagens de histórias que eram cheias de drama, conflitos e emoções.

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