Uma ilha cercada de música

Laércio de Freitas ouve jovem rabequista em corredor de hotel, Nonato Buzar comemora seus 70 anos com show extra em bar, boi-bumbá e romaria de orixás pelas vielas, cantadores nas escadarias e ladeiras, Orquestra Sinfônica da Romênia toca na praça e no convento… Este é o clima que impera em São Luís, capital do Maranhão, que festeja 390 anos.

Para a capital do reggae e da festa do boi, a música é a rima perfeita para o aniversário. E ela se faz presente por toda a ilha com o Festival Internacional de Música, idealizado pelo pianista Arthur Moreira Lima e concretizado pelo Laboratório de Arte do Maranhão – Laborarte – e pela Prefeitura de São Luís. Até domingo, quando encerra, o festival terá levado ao público mais de 500 músicos.

Tudo começou com o Hino Nacional tocado por 69 músicos romenos sob regência do suíço Jean-François Antioli, que recebeu a partitura no final de agosto. Para ele, o hino brasileiro – bem aplaudido durante a Copa do Mundo – vislumbra influências de Haydn e Donizetti. Esta é a primeira vez que a orquestra vem ao Brasil e é a primeira vez que São Luís recebe atrações que ficarão na história, como o quarteto argentino Opus 4. Até domingo, as atrações continuam de Heraldo do Monte aos americanos Kenny Brown, de Lia de Itamaracá aos franceses Lucidarium, Frederic Verité e Kordepán, de Paulinho da Viola ao malinês Habib Koité.

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