Um alucinado poeta brasiguaio em Curitiba

O poeta Douglas Diegues estará hoje em Curitiba para lançar seu mais recente livro Dá Gusto Andar Desnudo por Estas Selvas – Sonetos Salvajes”, publicado pela Travessa dos Editores. A sessão de autógrafos está marcada para as 19h no Memorial de Curitiba. Natural de Rio de Janeiro, Diegues vive atualmente na fronteiriça Ponta Porã (MS), e produz uma poesia marcada pela fusão entre o português e o espanhol. Seu trabalho com a linguagem vem despertando o interesse da crítica especializada em todo o País.

Nascido de mãe paraguaia e pai carioca, Diegues cresceu ouvindo e falando os dois idiomas – castelhano e português -, mais o guarani. “Portanto esta língua mestiça vem de dentro, do íntimo do ser do meu código de barra genético.” O irreverente poeta ingressou no universo literário aos 18 anos: “Comecei a escrever e nunca mais parei. Escrevi uns 200 mil poemas. Sobraram trinta sonetos, um poema sobre Las Vacas Fronterizas e um poema sobre um encontro com o poeta Manoel de Barros”.

Literatura

Questionado se é possível informar e educar através da literatura, Diegues fulmina: “Acredito que la buena e la mala literatura podem abrir as cabeças das pessoas, deixá-las menos burras, menos idiotas, menos orgulhosas de sua precária condição humana. Vivemos num mundo onde tudo tem uma misteriosa tendência ao apodrecimento. Tudo apodrece neste mundo. Por isso creio que só conhecimento livresco não resolve o problema da ignorância, da cobiça e do rancor, demasiadamente humanos, fontes de todos os problemas que os seres humanos criam pra se divertirem e se destruírem e se amarem e se odiarem diariamente…”. Nada a acrescentar.

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