“Tropa de Elite 2” é apenas um projeto, diz produtor

O segundo filme de Tropa de Elite não deve chegar às telas tão cedo. Marcos Prado, diretor executivo e sócio do diretor José Padilha na Zazen Produções, empresa responsável pela produção do longa, afirmou que não há nada certo para a continuação de um dos longas mais vistos no Brasil até hoje.

De acordo com o produtor, Tropa de Elite 2 não passa de um projeto dele e de Padilha. “Foi uma coisa que deu super certo e existe sim a intenção de fazer um outro filme, mas é coisa para médio ou longo prazo, daqui uns três ou quatro anos, talvez. Tem muita coisa para acontecer.

Marcos diz que o novo Tropa, entretanto, não seria uma continuação do primeiro. “Tudo pode mudar, é claro, mas gostaríamos de fazer algo contemporâneo. Não será uma continuação, mesmo porque o Capitão Nascimento (interpretado por Wagner Moura na primeira montagem) já estava se aposentando. Será algo diferente, só sabemos isso.” Para Marcos, seria fundamental manter alguns nomes do elenco. “Ter o Wagner no papel do capitão seria muito importante. Mesmo porque o capitão é o capitão. Mas nem sabemos se ele iria topar. Por isso também é apenas um projeto”, declara.

A assessoria de imprensa do ator, no entanto, negou a participação dele no longa. “A parceria com Padilha foi bem legal, mas não tem nada acertado nem para o filme ainda. A presença dele não é confirmada”, diz Rafael Barcellos, porta-voz de Moura. O intérprete do capitão que ganhou o Brasil já estaria com a agenda lotada. “Ele recebeu outros convites de grandes cineastas também. E está analisando as propostas. Além disso, tem a peça (‘Hamlet’, em cartaz no Teatro Faap, em São Paulo), na qual está totalmente focado.

Segundo Marcos, a Zazen tem outros trabalhos no momento. “O Zé (Padilha) está com dois filmes gringos para fazer. Um, inclusive ele que está escrevendo o roteiro. O outro, estão escrevendo para ele. E eu estou focado no meu primeiro longa. São três filmes para uma única produtora, isso demora”, diz ele, sem revelar os nomes dos projetos de Padilha.

Marcos irá estrear como diretor em Paraísos Artificiais. Com roteiro de Carolina Kotscho, o filme conta a história de uma família de classe média que vê seu filho envolvido com o tráfico de drogas sintéticas. Se por um lado Wagner Moura não é nome garantido em uma das produções de Marcos e Padilha, Rodrigo Santoro pode ser rosto carimbado em Paraísos Artificiais.

“Não há casting definido, mas o Rodrigo está interessado e quer ler o roteiro”, avisa. Segundo o diretor, o roteiro fica pronto no final deste ano. “Assim que Carol entregar, começamos a captação”. O longa começa a ser rodado em meados de 2009. As informações são do Jornal da Tarde.