Tesouros da igreja presentes em mostra no RJ

Abre hoje, no Rio de Janeiro, a mostra “A herança do sagrado: obras-primas do Vaticano e de museus italianos”, que integra a programação da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), no Museu Nacional de Belas Artes (MNBA).

Segundo a diretora do museu, Mônica Xexéo, o valor da exposição é de R$ 8 milhões, e todas as obras são seguradas.

São 105 peças (pinturas, esculturas, joias e relíquias) apresentadas em quatro módulos temáticos: episódios da vida de Cristo; a missão e a vocação dos apóstolos Pedro e Paulo; as representações da Virgem Maria e a vida dos santos.

Para o curador italiano Giovanni Morello, pesquisador que trabalhou na Biblioteca Vaticana por três décadas, a mostra é um “curso muito rápido de arte italiana, já que estão representados os maiores artistas, pintores e escultores da história do país”.

Morello explicou que o principal critério de seleção das obras entre as mais de 200 mil peças apenas dos museus do Vaticano foi enfocar “a vida de Cristo, da Virgem Maria e dos santos”, o que já excluiu de início as obras de arte clássica grega e italiana, além das etruscas, entre outras.

Destaques

Logo de início, na sala que retrata a imagem de Cristo, o público terá o privilégio de ver uma peça que compõe o acervo da Capela Matilda, uma sala anexa à Capela Sistina e à qual apenas o papa tem acesso. É o “Mandylion de Edessa”, datado do século III a IV dC. Segundo a versão católica, a imagem de Cristo não teria sido pintada no tecido, mas “se manifestou milagrosamente”, de acordo com Morello.

Um quadro tem especial valor para os brasileiros: a tela com a imagem de Nossa Senhora Aparecida, de autor paulista desconhecido e datada de meados do século XX, que foi enviada à Basílica de São Pedro de acordo com a tradição de mandar pinturas e esculturas de santos coroados ao Vaticano.

Entrada grátis

Para a exposição, que vai até 13 de outubro, são esperados cerca de 400 mil visitantes. A entrada será franca, e segundo Mônica Xexéo, “deve haver filas ao lado de fora”, já que haverá “limites de segurança de visitação”. O horário de funcionamento do museu também será estendido até as 21h.