Surpreendente, envolvente

Surpreendente. Assim, em primeira vista e de modo amplo, se classifica a estréia da peça A Feia, cuja temporada continua até o dia 1.º de julho, no Teatro José Maria Santos, em Curitiba. Não apenas no total que a obra surpreende. É também no particular, nos detalhes. Por isso: envolvente. Não se trata, somente, da iluminação sincronizada e bem feita, da trilha bem escolhida, do cenário simples, mas significativo e das bem marcadas emoção e expressão dos atores que envolvem. É também a história. Emocionante.

Não apenas por conseguir narrar, minuciosamente, os sentimentos de um casal acusado pelo assassinato da filha, que de tão ?fora dos padrões aceitos pela sociedade? não bastava ser batizada de Feia, como era a personificação da angústia e do sofrimento da família, principalmente o dela mesma enquanto não sendo ?uma das outras moças?. Enfim, emociona também pelo projeto social que traz imbricado. Por também poder ser visto, como foi na estréia, por deficientes auditivos. O que concluir da primeira peça legendada do Brasil, passos da campanha ?Legenda Nacional, para quem não ouve, mas se emociona?: completa.

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