Sou ator mas não sou gay estréia hoje

Sou ator mas não sou gay é um espetáculo que trata da corrupção e do abuso de poder de maneira original. Os bastidores do teatro são mostrados de forma franca e divertida na nova montagem da Cia. Cênica Simplicissimus. As apresentações do espetáculo serão realizadas no Teatro Paulo Autran (Shopping Novo Batel) e fazem parte da mostra Fringe do Festival de Teatro de Curitiba. A estréia é hoje, às 17h, e segue até 1.º de abril em dois horários: às 14h (dias 24, 25, 28, 29, 30 de março e 1.º de abril) e às 17h (dias 22, 23, 26, 27 e 31/03).

Ao utilizar a estória de Beto, interpretado por Cadu Scheffer, um jovem ator ambicioso que pensava que era capaz de tudo para atingir o sucesso, o diretor Ruiz Bellenda utiliza o abuso sexual como metáfora para exibir a perversão que mascara a corrupção e os corruptores. Personificada pela figura de Maneco Vidal, um diretor de teatro que usa da sua posição para obter proveitos sexuais, a corrupção é o tema que habita de forma sutil todo o texto da peça. Se Beto vender seu corpo ao diretor, conseguirá um papel na montagem de ?Rock Horror Show?, famoso musical cult dos anos setentas que é a nova montagem de Maneco Vidal. Como a peça é endereçada principalmente aos jovens, pode-se dizer que a idéia é mostrar que se alguém for fiel aos seus princípios e não se vender, poderá ter benefícios até maiores do que se tivesse agido de forma contrária. A palavra de ordem é acreditar no seu sonho e realizá-lo de forma limpa e honesta, porque senão não terá valido à pena.

Serviço:

Festival de Teatro de Curitiba – FTC, Sou ator mas não sou gay, no Teatro Paulo Autran (piso superior do Shopping Novo Batel). Al. Dom Pedro II esq. com Coronel Dulcídio. Temporada: De 22 de março a 1.º de abril. Horários: dias 22, 23, 26, 27 e 31/03 às 17h e nos dias 24, 25, 28, 29, 30 de março e 1.º de abril às 14h. Ingressos: R$ 14,00 e R$ 7,00 (meia-entrada p/ estudantes). Ponto de venda: no local. Informações para o público: (41) 3225-4484.

Quatro companhias se unem na programação jovem

Com o intuito de oferecer ao público do Festival de Teatro de Curitiba um panorama da jovem produção teatral da cidade, reuniram-se quatro companhias locais para a realização da Mostra Novos Repertórios. A Armadilha, Companhia Silenciosa, Pausa Companhia e Companhia Provisória têm em comum a realização de um trabalho artístico contínuo, com ênfase na pesquisa e produção teatral, sempre almejando o encontro com novas tendências e possibilidades de dramaturgia, interpretação e encenação. Além disso, as quatro companhias são efetivamente núcleos de trabalho, diferenciando-se de realizações pautadas apenas na figura de um produtor/diretor.

Os mais recentes trabalhos dessas companhias estarão em cartaz durante a programação do Fringe, no Teuni Teatro Experimental da UFPR. São eles: Os leões (Armadilha), Mecânica (Companhia Silenciosa), Menos emergências (Pausa) e Após ser jogado no rio e antes de me afogar (Provisória), sendo os três últimos estréias.

Além disso, cada companhia apresentará ao público a leitura dramática de um texto inédito: Jesus vem de Hannover, da curitibana Léo Glück (Companhia Silenciosa); Mentira, do espanhol Alejandro Kauderer (A Armadilha); (How to Play) The Love Games, da carioca Daniela Pereira de Carvalho (Companhia Provisória); Ninguém assiste ao vídeo, de Martin Crimp (Pausa Companhia). As leituras terão entrada franca.

Com a Mostra Novos Repertórios, composta por espetáculos e leituras dramáticas, pretende-se recriar um fértil ambiente de debate e vivência teatral. Além disso, facilitar a escolha do público do que ver dentro do Fringe, já que a mostra possui um conceito aglutinador.

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