Sonny Rollins leva 10 mil pessoas a show

Ainda faltavam algumas atrações noturnas, como os grupos americanos MGMT e The National, mas o show gratuito matinal de Sonny Rollins no Parque do Ibirapuera, no sábado (25), que atraiu 10 mil pessoas ao local, acabou se tornando o emblema mais forte dessa sexta edição do TIM Festival.

Mesmo debaixo de um sol inclemente, as pessoas compareceram com alegria e espírito de civilidade ao parque, acompanhando o concerto do veterano músico de 78 anos sentados no gramado, refugiados sob as árvores e fazendo a alegria do homem do carrinho de sorvete.

Rollins, que já abriu com disposição para a festa, tocando a caribenha Don’t Stop the Carnival, foi extremamente simpático, solou na beirada do palco e demonstrou notável vigor em sua roupa escura, insalubre ao sol escaldante. Ao final, emendou Isn’t She Lovely, de Stevie Wonder, à clássica St. Thomas, cativando o público. O som, baixo demais, e às vezes os melhores solos do mestre ficavam um tanto inaudíveis.

Muitos estão dizendo que essa foi a “edição mais fraca” da mostra. Outros, que essa foi a edição mais “zicada”, por conta dos cancelamentos de Paul Weller e Gossip. Segundo a organização, 25.912 pessoas viram os shows em São Paulo (incluindo os 10 mil do concerto gratuito de Sonny), 26.473 viram no Rio de Janeiro e 1.902 em Vitória (ES). Os números são menores do que a média histórica do festival (que era de 86% de ocupação).

A queda de público, segundo a organização, seria decorrência da inclusão de nomes menos populares do cast artístico, e que – por conta dessa característica e do novo endereço, o Parque do Ibirapuera, o resultado ainda é de se comemorar.

Mas o ingresso bem mais caro também pode ter contribuído para platéias ralas. Um dos grupos que mais sofreu dessa inanição de público foi o britânico The Klaxons, cuja ocupação da tenda principal da Arena Ibirapuera não foi maior do que um terço. Kanye West, nome multimilionário do rap norte-americano, tocou para metade da lotação do espaço.

Entre os grupos pop que realmente disseram a que vieram está o combo multiculturalista denominado Gogol Bordello, que fez uma farra de pouco mais de uma hora. Simulando excesso alcoólico, o líder da banda atacou até umas músicas em português, como Tropicana, de Alceu Valença, em ritmo punk, o que fez a platéia cair na risada e na dança. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.