Será a China a próxima potência mundial?

O Livro O aviso na muralha – A China e o ocidente no século XXI, lançado recentemente, explora como o país sede das Olimpíadas deste ano, se desenvolveu até os dias atuais, a estrutura de sua economia e o crescente descontrole total das contradições nas quais ela se encontra.

O aviso na muralha ainda investiga as vantagens do pluralismo político e econômico da China, e identifica como elas estão interagindo em outras regiões da Ásia.

A China é um país continental cuja área territorial está assustadoramente próxima em termos de quilômetros quadrados àquela dos Estados Unidos. Ela abriga 1,3 bilhão de pessoas, sendo autoritária e formalmente comunista. A visão predominante da China é a de uma força econômica que está preparada para tornar o século XXI totalmente seu.

A questão – ainda sem resposta – é se o século XXI será o século dela da mesma maneira que o século XX foi o dos Estados Unidos; e o século XIX, o da Grã-Bretanha. Será que a liderança mundial passará das mãos anglo-saxônicas para as mãos chinesas? Caso isso aconteça o mundo teria de se adaptar a valores e a uma civilização completamente diferentes; o caráter das instituições globais, nossa cultura e o predomínio da língua inglesa seriam desafiados.

Este livro estimulante alerta que a China está deparando com uma série de desafios internos assombrosos que poderiam tirá-la do trilho de seu crescimento e causar um choque paralisante para a economia global. A Grã-Bretanha, toda a Europa e os Estados Unidos devem reconhecer que há uma aposta vital em garantir que o colapso não ocorra. A análise surpreendente de Will Hutton sobre a maior preocupação econômica do mundo é um forte aviso de que a paz e a prosperidade mundial dependem da transição bem-sucedida do país.

Hutton expõem as contradições incapacitantes de um Estado autoritário. E considera que, para a China terminar a transição já iniciada rumo ao capitalismo, não tem opção além de abraçar todos os mecanismos que tornam o Estado e a atividade econômica confiáveis ao povo: da imprensa livre ao governo representativo.

O autor

Will Hutton é diretor-presidente da Work Foundation e colunista do Observer, do qual foi editor e, posteriormente, editor-chefe durante quatro anos. Iniciou sua carreira em jornalismo como correspondente de economia para o programa da BBC Newsnight e para o Guardian. É autor de The revolution that never was, do best-seller The state we’re in, The state to come e The world we’re in. Ele vive em Londres.

Serviço:

O aviso na muralha – A China e o ocidente no século XXI.  Tradução: Roberson Meio. Páginas: 432. Preço: R$ 54,90. Editora: Larousse do Brasil.

Voltar ao topo