Sambódromo carioca completa 25 anos

A Liesa, Liga das Escolas de Samba do Rio, não pretende mexer tão cedo no regulamento para incentivar inovações nos desfiles do Grupo Especial – o nível e o estilo das apresentações são tão parecidos que a colocação entre as seis primeiras costuma ser decidida por décimos de pontos. “É preciso rever os critérios de julgamento. A partir daí, o carnaval poderá evoluir”, acredita Maria Augusta, ex-carnavalesca, hoje comentarista da TV Globo. “A vontade de ganhar barra a criatividade.”

No ano em que o Sambódromo carioca completa 25 anos, os carnavalescos enfrentam o desafio de levar alguma novidade que faça a diferença nos dois dias de desfile na avenida. Nos últimos cinco anos, as maiores surpresas estavam nos carros alegóricos criados por Paulo Barros. Mas, desta vez, sua criatividade está limitada. Ele divide o carnaval da Vila Isabel com Alex de Souza, autor do enredo sobre o Theatro Municipal.

A maioria dos carnavalescos do Rio segue ainda hoje o padrão de luxo e carros alegóricos grandes estabelecido por Joãosinho Trinta, que faturou oito títulos em mais de duas décadas. E o diretor cultural da Liesa, Hiram Araujo, aposta no talento dos carnavalescos para que os desfiles evoluam.

Assim como em décadas passadas surgiram inovações comandadas por Joãosinho Trinta e Fernando Pinto. “Eles realmente surpreendiam, criavam coisas diferentes.” Para Araújo, não há a menor chance de a Liesa mexer no regulamento para promover mudanças nas escolas.