“Responsabilidade aumentou”, diz Di Ferreiro

Eles são uma das grandes sensações do pop-rock nacional. Emplacam várias faixas nas rádios, sempre são requisitados em programas de televisão, possuem uma legião fãs aficionados e, como se isso ainda fosse pouco, levaram o Prêmio Multishow de Música Brasileira nas categorias Melhor vocalista e Melhor banda. É o NX Zero, uma banda de hardcore melódico/poppy punk de São Paulo composta por Diego José Ferrero, mais conhecido como Di Ferreiro, (vocalista), Leandro Franco da Rocha (guitarrista/backing vocal), Daniel Weskler (baterista), Filipe Duarte Pereira Ricardo (guitarrista) e Conrado Leal Grandino (baixista).

Embora seja um grupo bem jovem, eles demonstram uma maturidade e humildade digna de grandes veteranos da música. O vocalista Diego comenta a nova fase da banda, que veio com o álbum Agora. “Estamos muito orgulhosos desse novo trabalho. Acredito que evoluímos ainda mais como músicos. O Agora tem uma musicalidade diferente se comparada ao antecessor, o NX Zero.

O novo CD tem piano, instrumentos de cordas, participações especiais, como a do rapper Túlio Dek e novas influências”, diz. Diego fala também do processo de composição do recente álbum. “Fizemos esse disco na estrada. Felizmente, tivemos uma agenda lotada de shows e isso fez com que a gente não tivesse tempo para sentar e pensar nas letras. Posso dizer que o Agora saiu mais no feeling e é 100% sincero. Nossas letras estão bem pessoais também e refletem o nosso cotidiano.”

Para produzir o novo trabalho, eles contaram novamente com o experiente Rick Bonadio, que já havia produzido o CD anterior. “O Bonadio é um cara ótimo de se lidar. Ele começou a trabalhar com a gente após um show nosso em uma casa noturna em São Paulo. De imediato, rolou uma química legal e ele nos dá altas dicas. Temos orgulho de ter ele ao nosso lado”, comenta.

Sobre os músicos convidados, ele diz que o Túlio é um amigo de longa data e é fã de sua música. “Fiquei feliz com o resultado da parceria entre a gente e o Túlio. A outra participação foi uma composição que o pessoal do Fresno fez e nos disseram que a letra tinha tudo a ver conosco. A música realmente era nossa cara e gostamos muito dela.”

De acordo com Diego, o novo álbum não foi bem recebido pela crítica, contudo, tem feito muito sucesso entre os fãs do gênero. “Particularmente, não dou a mínima para os críticos. Nós fizemos o CD para nossos fãs e esses sim eu me importo. Eles gostando, como tem gostado, é o que interessa”.

Ele também revela que o rótulo de “emo” (bandas ligadas a um som voltado ao emotional hardcore) para o grupo não o incomoda, porém, ele garante que o som do NX Zero passa longe disso. “Não somos emos. Respeitamos a galera que toca e que curte essa vertente do hardcore, mas é só ouvir nossa música e perceber que nosso estilo é bem diferente”.

Uma das curiosidades reveladas pelo vocalista é o de que a banda possui fãs que fazem verdadeiras loucuras para acompanhá-los. “Tem um pessoal de São Paulo que foi até Santarém, no Pará, para assistir a uma apresentação nossa. Outros chegam a dormir na frente dos hotéis por onde a gente se hospeda. Mas teve uma mais ‘maluca’ que chegou a tatuar meu rosto no braço dela. A gente fica até meio preocupado com tanta devoção, mas temos o maior orgulho dos fãs. Sem eles, nós não estaríamos aqui”, afirma.

A banda agora vai sair para fazer shows pelo Brasil afora. Curitiba ainda não tem uma data definida, mas Diego garante que não vê a hora de tocar na capital paranaense. “Temos uma história muito legal com Curitiba. Tocamos aí desde que a gente estava em uma gravadora independente. Possuímos uma ótima base de fãs, na cidade e espero voltar o mais rápido possível para detonar”, encerra.