Relíquias do futebol no Memorial de Curitiba

Se existe algo do qual qualquer pessoa do mundo associa ao Brasil de forma instantânea é o futebol. Além do fato de ser a única seleção pentacampeã mundial, o gosto pelo futebol parece estar enraizado em nossa DNA, tanto é que nos jogos da Copa, o Brasil para só para poder acompanhar as partidas da nossa seleção.

Explorando justamente essa nossa “cachaça”, a Fundação Cultural de Curitiba (FCC) está expondo desde o dia 24 de maio a exposição Pátria de chuteiras, no Memorial de Curitiba, no Largo da Ordem, que traz um olhar interessante ao longo das 19 edições da Copa do Mundo.

São vídeos, fotos, chuteiras, bolas e camisas utilizadas ao longo deste período. A diretora de marketing da FCC, Janine Malanski, explica como surgiu esse projeto. “O futebol é possivelmente o maior patrimônio que o Brasil tem. Se você vai para o exterior e diz que é brasileiro, eles logo associam ao futebol. Por estarmos justamente respirando a Copa, pensamos que seria interessante fazer esta exposição”, revela.

Para que fosse possível montar este trabalho, a FCC entrou em contato com a Associação dos Campeões do Mundo e com a Fundação Cafu para contar com o acervo utilizado.

“É possível ver muitas coisas que, para quem gosta do esporte, é sensacional. Temos aqui a camisa que o Pelé utilizou na Copa de 70, a camisa com a qual Cafu levantou o troféu na Copa de 2002, agasalhos que a seleção utilizou em 1962, entre outros. Há ainda camisas de outras seleções, como a do Roberto Baggio, que errou o pênalti na final da Copa de 1994. Isso sem contar que é como se o visitante fizesse uma viagem no tempo, relembrando as outras copas e vendo como o futebol foi se modernizando ao longo do tempo”, conta a diretora.

Ela conta ainda que o público tem comparecido em peso para prestigiar a mostra. “A média diária de visitantes é em torno de 150 a 180 pessoas. No domingo, esse número sobe para 500. Estou certa que esta é a exposição que mais atraiu gente”, afirma.

A réplica da taça Jules Rimet também está na exposição. Antes do nascimento do atual troféu que é entregue ao campeão da Copa do Mundo, existia a taça Jules Rimet, que levava o nome do presidente da FIFA criador do torneio, e acabou sendo roubada e fundida no Brasil. Nessa edição, o Brasil a ganhou em definitivo por ter conquistado o campeonato pela terceira vez.

Anderson Tozato
Réplica da taça Jules Rimet, que era o nome do troféu disputado na Copa do Mundo da FIFA até 1970.

Um detalhe que Malanski chama a atenção é o de que o público para e fica comentando sobre os painéis, diferente de uma exposição de arte, em que as pessoas geralmente passam rápido.

“O pessoal tem vindo aqui e fica hipnotizado em frente aos materiais. Muitos deles, vendo as fotos, começam a comentar sobre os lances. Acho importante fazer esse resgate histórico, pois isso é parte da nossa memória, nossa história. Além do mais, acredito que essa exposição é uma homenagem àqueles que fizeram com que a gente passasse a amar e viver o futebol”, encerra.

Serviço

Pátria de chuteiras

A exposição fica no Memorial de Curitiba (Largo da Ordem, Centro) até o dia 18 de julho, que funciona de terça à sexta das 9h às 12h e das 13h às 18h. Sábados e domingos a exposição pode ser vista das 9h às 15h. A entrada é gratuita.