Record tenta manter ibope da Escrava

Fazer uma nova versão de A Escrava Isaura foi uma audácia da Record. E a emissora foi premiada por arriscar. Desde a estréia, em 18 de outubro, a novela manteve significativos índices de audiência e, recentemente, tem alcançado o segundo lugar no horário com 17 pontos de média e 20 de pico. Mas quando o assunto é Ibope as emissoras sabem muito bem que não podem bobear. Qualquer descuido pode representar a perda de pontos difíceis de recuperar. Para tentar chamar ainda mais a atenção do público nessa reta final da novela, o autor Thiago Santiago optou por uma tática manjada na teledramaturgia: matou o grande vilão da trama, vivido por Leopoldo Pacheco, e criou uma espécie de quem matou Leôncio??, transformando quase todos os personagens em suspeitos do crime.

A intenção é atiçar a curiosidade em relação ao assassinato. Embora a morte de Leôncio não vá criar uma comoção nacional, não há como negar que, mesmo sendo extremamente recorrente, um final no gênero quem matou é capaz de suscitar o interesse dos telespectadores. Seria pretensão da emissora achar que o mistério seria suficiente para fazer A Escrava Isaura virar assunto, mas pelo menos pode contribuir para sustentar a audiência nas cenas finais.

 Apesar de ter optado por uma idéia nada original para o desfecho da novela, Thiago está desenvolvendo bem o clima de suspense. Ainda mais porque não faltam personagens com motivos para matar Leôncio. Por isso mesmo, sobram acusações e olhares desconfiados entre eles.

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