Os ateliês de gravura do Solar do Barão iniciam amanhã uma série de comemorações pelos seus 25 anos.
As ações serão simultâneas – entre exposições, feiras, intervenções urbanas e seminário – que se estenderão até o mês de agosto.
A programação começa com a inauguração, às 19h, da mostra Sintomas: os ateliês de gravura em 25 anos (e um pouco mais) que, com 80 obras de 30 artistas nacionais e internacionais, registra as mais de duas décadas de atividades ininterruptas dos ateliês.
Outras ações complementam a programação: o Projeto 25, o Projeto Urbe, a Feira de Gravura e um seminário com o crítico de arte Ivo Mesquita.
Também amanha, serão abertas no Solar do Barão mais duas exposições: Cenas da Vida, de fotografias do acervo do Museu da Fotografia, e A Força da Mensagem Urbana, que reúne cartazes de tema sócio-ambiental criados por designers de renome internacional.
25 anos de criação
Com curadoria do crítico e historiador da arte Artur Freitas, a mostra Sintomas: os ateliês de gravura em 25 anos (e um pouco mais) aproveita a história dos ateliês do Solar do Barão para por em discussão a própria noção de gravura, buscando compreendê-la como parte constitutiva da condição contemporânea.
?A exposição aborda o peculiar corporativismo da gravura tradicional, colocando em choque os métodos convencionais de impressão (a pedra, a madeira, o metal, a serigrafia) com uma outra gama de ações poéticas que também lidam com vestígios materiais ou mesmo com o princípio da serialidade?, explica o curador Artur Freitas.
Assim, serão expostas gravuras, fotografias, objetos e vídeos de artistas que freqüentaram os ateliês ou participaram das Mostras da Gravura.
Para apresentar a história dos ateliês, Freitas construiu também uma linha do tempo, apontando os principais acontecimentos desde a criação oficial dessas unidades no Solar do Barão até suas atuais atividades.
O curador relaciona o funcionamento dos ateliês com a própria inauguração do Solar do Barão, com a criação do Museu da Gravura e do Museu da Fotografia, com as Mostras da Gravura, com os movimentos artísticos paranaenses e mesmo com as gestões administrativas da Fundação Cultural e da Prefeitura de Curitiba.
?Os ateliês de gravura da Fundação Cultural constituíram-se rapidamente numa referência nacional, tanto no debate sobre arte contemporânea quanto na formação de novos artistas. De lá para cá, os ateliês estiveram no centro gravitacional de uma série de importantes conquistas culturais?, destaca o curador.
Outras ações
Na mesma noite de inauguração da mostra Sintomas será aberto o Projeto 25, que consiste numa exposição coletiva de edições de gravuras em pequenos formatos, realizada por diversos artistas na Sala Índice, no Solar do Barão.
A Feira da Gravura terá duas edições, nos dias 28 de junho e 9 de agosto. Já o Museu da Fotografia abriga, a partir de amanhã, a exposição Cenas da Vida, com 52 imagens fotográficas do acervo, produzidas por 26 fotógrafos brasileiros.
A curadora Nilza Procopiak montou um caleidoscópio de situações e de cenas do cotidiano que mostram diferentes modos de ser, comportamentos e atitudes. ?São cenas alegres, tristes, exóticas, chocantes, instigantes, aspectos hilários e cruéis da vida. Mais do que apresentar a questão maniqueísta, que divide a humanidade entre o bem e o mal, esse conjunto mostra a realidade que é, no mínimo, insólita?, diz a curadora.
E a exposição A Força da Mensagem Urbana, que também será aberta amanha, resgata a cultura dos cartazes no cenário urbano como importante elemento de conscientização da população.
Serviço
25 anos dos ateliês de gravura da Fundação Cultural de Curitiba. De 25 de junho a 31 de agosto de 2008. Local: Museu da Gravura e Museu da Fotografia – Centro Cultural Solar do Barão (Rua Carlos Cavalcanti, 533)
Horário: de terça a sexta-feira, das 9h às 18h; sábados, domingos e feriados, das 9h às 15h.
Entrada franca.