Por uma ponte

De volta, ela passa pela mesma ponte
Por onde burlou sua entrada para mim.
E já diferente de como o fez ontem,
Ruidosa se vai, me deixando assim.

Encontrou minha alma iluminada
Por luzes que até o lago refletia,
Singular pintura bem delineada
No poente da paisagem que eu vivia.

Fez disso tudo um brinquedo de luxo
E com os pés espalhou só por maldade,
Convertendo no mais completo esbuxo
Transformando na imprevista tempestade.

Tento outra vez recompor o panorama,
Por mais que o faça creiam, não consigo…
Merecido castigo para quem volúbil ama
E só essa ruína é que ficou comigo.

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