Pegadinha do bem atrai a mídia em São Paulo

Céu cinza, sol tímido e um clima de despedida no jardim da casa de Chiquinho Scarpa, em São Paulo. O cenário descrito estava bem adequado ao de um enterro, o que realmente estava previsto para acontecer ontem. Jornalistas e fotógrafos esperando para ver o enterro de seu carro avaliado em 1,5 milhão de reais. O dono da casa fez todo um mise-en-scéne: chorou, lamentou. O carro chegou a ir para a cova. ‘Para. Vamos fazer uma coisa. Vou parar com o enterro. Vou convidar a todos para entrar em minha casa’, disse ele no momento em que o carro seria enterrado.

Dentro de casa, Chiquinho disse: ‘Bom dia a todos, obrigado pela presença. Gostaria de falar algumas coisas antes do enterro. Acharam um absurdo, disseram que estou louco, que eu deveria doar (o carro). Disseram que era um desperdício. Fui julgado por isso. Mas a verdade é que tem gente que enterra algo bem mais valioso, coração, rim, seus órgãos. Isso sim é um absurdo. O que poderia salvar a vida de várias pessoas. O meu Bentley não é mais valioso que isso. Não sou louco, não vou enterrar meu carro. Fiz isso para chamar atenção para essa causa’, disse ele.

A brincadeira foi para chamar a atenção para a semana da campanha de doação de órgãos e tecidos, que acontece de 23 a 27 de setembro, uma parceria entre o governo federal e a Associação Brasileira dos Transplante de Órgãos.

Chiquinho Scarpa anunciou no Facebook na segunda (16), que iria enterrar seu Bentley e postou a foto da cova no jardim de sua casa. “Decidi fazer como os faraós”, dizia na legenda. Milhares de pessoas comentaram e compartilharam a foto. O caso foi destaque até na imprensa internacional.

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