Depois do empolgante show no Cabaré do Festival Internacional de Londrina, na última quinta (“Foi maravilhoso e surpreendente, a galera curtindo todas as músicas, como se fôssemos velhos conhecidos”), Pedro Luís e a Parede chegam com gás renovado para a apresentação de hoje à noite no Espaço Calamengau (Sociedade Vasco da Gama), em Curitiba.
O show, as músicas do disco novo, Zona & Progresso, os sucessos da banda e algumas músicas dos dois CDs anteriores que já não estavam no repertório das apresentações, como 10 de Queixo, Miséria no Japão e Chuva de Bala – esta última sobre as “balas perdidas” no Rio de Janeiro. “O pessoal vai se divertir com fartura”, assegura o músico, que se prepara para embarcar com a banda no final de junho para Portugal e em julho para o Japão.
As desilusões amorosas também têm no “cardápio” do show de hoje, como no samba Parte coração e na machadiana Mão e Luva (já gravada por Adriana Calcanhoto). Já a bem-humorada 10 de queixo mistura guitarras ao xote, numa combinação eletrizante.Com músicas gravadas por Fernanda Abreu, O Rappa, Ed Motta, Cidade Negra, Adriana Calcanhoto e Ney Matogrosso, Pedro Luís costuma ser chamado pelo produtor Liminha de “fornecedor de repertório”.
O segredo dele para construir sua parede sonora é basicamente desmembrar os elementos de uma bateria, adicionando materiais variados: barril de 15 e 50 litros, lataria, enxada, chapa galvanizada, rocar, surdo, reco-reco, pratos, matracas, triângulo, violões, cavaco, guitarra, etc. A ficha técnica explica e resume tudo em uma única palavra: batucada.
A sugestão do nome do CD (e do espetáculo) é inspirada no processo de criação da própria banda. “O analfabetismo hi-tech em que nosso país repousa e a dificuldade de encontrar nossa maneira de exercer a cidadania projetam o lema a nível nacional; e os atuais acontecimentos constatam que esta é a realidade do mundo moderno”, arremata o músico.
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Hoje às 23h no Espaço Calamengau (Rua Roberto Barrozo, 1.190). Ingressos a 15 reais à venda no Armazém do CD, Café do Teatro, Maia Box e no local.