O Palácio Iguaçu apresenta ao público, a partir da próxima segunda-feira (19), a exposição individual de Estanislau Traple (1898 – 1958). A mostra foi produzida e organizada pelo Museu Oscar Niemeyer e estará em exibição no Grande Salão, no hall de entrada do Palácio, de segunda a sexta-feira, em horário comercial, durante dois meses. O principal objetivo da direção do Museu em apresentar exposições em outros espaços é o de difundir e valorizar artistas que desenvolveram suas produções no Estado.
A exposição já apresentada no próprio Museu Oscar Niemeyer, entre março e abril, passou por adaptações. Nesta, o número de obras em exibição é de aproximadamente 100. "Toda a produção foi modificada e ficou tão atrativa em um novo espaço como a mostra no Museu", explicou Suely Deschermayer, que divide a curadoria com Domício Pedroso.
Entre os mais destacados mestres da pintura no Paraná, Traple teve seu nome consagrado pela profunda dedicação ao desenho e à pintura. O artista também empregou grande parte de seu talento no ensino artístico. E foi como mestre que Traple transmitiu o seu domínio técnico na representação de figuras, como retratos e nus, seus gêneros prediletos. Outra característica marcante de sua produção foi a intensa exploração dos símbolos da paisagem paranaense e catarinense, onde viveu parte de sua vida.
De acordo com os curadores, a mostra faz uma retrospectiva da produção de Traple, desde o período em que era aluno de Alfredo Andersen. É consenso dos que estudaram sua obra, que entre os discípulos e seguidores de Alfredo Andersen, Traple foi o que mais se moldou ao estilo do mestre. Andersen é considerado o "pai" da arte paranaense.
A exposição apresenta com ênfase os retratos e os nus, que eram seus gêneros prediletos, além de paisagens, naturezas-mortas e desenhos, nas mais variadas técnicas que utilizou como pintura a óleo e pastel. As obras foram selecionadas entre o acervo particular da família, de colecionadores e do Museu.
A trajetória
Nascido em Curitiba, em 22 de julho de 1893, Traple iniciou seu aprendizado como litógrafo. A litografia é a arte ou o processo de produzir um desenho ou caracteres em placas de zinco, alumínio e outros materiais, para depois reproduzí-los em papel. De família modesta, o artista procurou ainda muito jovem um trabalho compatível com seu talento para o desenho. Pelas hábeis mãos do litógrafo Alemão Pohl, da Impressora Paranaense, Traple aprendeu os primeiros passos da técnica artística. Ele passou a exercer profissionalmente a técnica litográfica, na mesma empresa e depois na filial de Joinville (SC).
Atraído pelo prestígio de Alfredo Andersen ele retornou para Curitiba, já aos 18 anos. Traple começou a frequentar a escola de Andersen em 1916 e a partir daí se engajou ativamente aos movimentos culturais paranaenses e nacionais. Com uma ativa participação em salões de arte conquistou dezenas de premiações.
Em 1948, ajudou a fundar a Escola de Música e Belas Artes do Paraná e foi convidado para dar aulas de pintura e desenho do gesso e do natural, duas das mais importantes disciplinas. Atividade que exerceu até o final da vida. Ele faleceu em Curitiba, em 11 de novembro de 1958.
Serviço:
Mostra individual de Estanislau Traple
Período de Exibição: de 19/06 a agosto
Produção do Museu Oscar Niemeyer
Onde: Grande Salão, no hall de entrada, do Palácio Iguaçu
Museu Oscar Niemeyer
Endereço: Rua Marechal Hermes, 999
Centro Cívico – CEP: 80530-230
Telefone: (41) 3350-4400
Horário: de terça a domingo, das 10h às 18h
Preços: R$ 4,00 adultos e R$ 2,00 estudantes identificados
(Crianças de até 12 anos, maiores de 60 e grupos de estudantes de escolas públicas pré-agendados não pagam)
Solicitação de agendamento: site http://www.museuoscarniemeyer.org.br