Pagando mico como na vida real

Fernanda Paes Leme se considera uma “miqueira” assumida. Um exemplo: de salto alto para gravar “Sandy & Júnior”, ela já levou quatro tombos memoráveis e virou motivo de chacota para a equipe. Mas Fernanda garante: nenhum vexame seu é comparável aos que Pati tem passado no seriado global. Desde que resolveu virar atriz, a personagem vem submetendo-se aos mais esdrúxulos testes de elenco. Num dia, aparece vestida de gatinho para disputar vaga na Arca de Noé de um comercial. Noutro, protagoniza uma lacrimosa cena de novela mexicana – e, brevemente, vai aparecer “assassinando” o balé clássico. “Como também não levo o menor jeito, a coreógrafa só me disse para inventar uns passos. Foi um mico geral!”, adianta, com o riso frouxo.

De fato, Fernanda só animou-se em participar do quarto ano da série depois que soube da transformação que a mimada Pati sofreria. Sem o apoio dos pais para seguir carreira artística, a personagem agora tem de se virar sozinha para pagar as contas do apartamento que divide com duas amigas, no Rio de Janeiro. Situação parecida vive sua intérprete. Por conta de “Sandy & Júnior”, a atriz paulistana deixou a casa dos pais, em São Paulo, e hoje divide no Rio o mesmo teto que o ator Wagner Sebastian, o Basílio do seriado. “Mas não sou preguiçosa como a Pati e sempre ajudo nas tarefas domésticas”, garante Fernanda, que aproveita as folgas para matar saudades da família e do namorado, na capital paulista.

Nome

: Fernanda Miranda Paes Leme de Abreu.

Nascimento

: Em 4 de junho de 1983, em São Paulo.

O que gosta de assistir

: Ao “Vídeo Show”, na Globo.

O que nunca assiste na tevê

: “Programas sensacionalistas, como o do Ratinho e do João Kléber”.

O que falta na tevê

: Ética.

O que gostaria que fosse reprisado

: “Vamp”, de Antônio Calmon. “Essa novela já passou umas três vezes – e eu assisti a todas”.

Ator preferido

: Tarcísio Meira.

Atriz predileta

: Suzana Vieira.

Momento inesquecível

: A atuação de Osmar Prado, em “O Clone”. “Era muito verdadeiro. Parecia que ele realmente estava vivendo o drama das drogas”.

Primeiro trabalho na tevê

: Um comercial dos sucos Tang. “Nossa! Isso já tem um século!”.

Personagem dos sonhos

: “Não tenho um personagem em particular. Desejo fazer todos que ainda não tenha feito”.

Uma música

: “Só”, de Djavan.

Um filme

: “Melhor É Impossível”, de James L. Brooks.

Livro de cabeceira

: “Circo Eletrônico”, de Daniel Filho.

Um vexame

: “Não sei andar de salto. Fico me equilibrando, meio dura, e já levei quatro tombos hilários, gravando o seriado”.

Se não fosse atriz, seria

: Jornalista.

Projeto pessoal

: “Seguir na carreira, fazendo personagens que me desafiem”.

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