O universo de Marlon Azambuja

As formas do universo, a luz, os buracos negros, as estrelas, galáxias, nebulosas e constelações estão presentes em Padronagens de Fogo, exposição com trabalhos do artista plástico Marlon Azambuja, que abre hoje, às 18h, na Sala Theodoro De Bona, do Museu de Arte Contemporânea do Paraná (MAC).

Marlon Azambuja é um dos artistas mais jovens a realizar uma mostra individual no MAC. Para essa mostra, ele preparou uma série de gravuras, obtidas por meio da queima de milhares de palitos de fósforo sobre papel, além de instalações especialmente concebidas para o Museu. Para a confecção de todos os trabalhos que compõem a mostra, Marlon utilizou mais de 200 mil palitos de fósforo que compõem as obras evocativas, que se encontram entre a matéria e o volátil, onde o artista trabalha com a alma do fogo e os rastros que ele deixa.

Nascido em Santo Antônio da Patrulha (RS), em 1978, Marlon vive atualmente em Curitiba, onde conquistou sua formação artística em workshops com Daniel Senise e Edilson Viaro. Sua primeira individual aconteceu em 1998, no Sesc da Esquina. Depois, vieram outras, inclusive em São Paulo. A primeira participação em coletiva aconteceu em São Paulo, na Casa Portinari, em 1997. Entre suas participações estão o IX Salão Paulista de Arte Contemporânea e os 57.º e 58.º Salão Paranaense. Atualmente está participando da Mostra Síntese Paraná Arte Atual, na Casa Andrade Muricy.

Criação

Numa das salas do MAC, Marlon Azambuja criou uma instalação feita com carvão, onde ele desenha por toda a superfície das paredes. O resultado é a visão da luminescência dos círculos em branco, já que a sala se encontra na penumbra, fazendo predominar o obscuro. Ali também se encontram duas formas cônicas que lembram vulcões, cujo nascimento vem do interior da Terra. Trata-se de um paralelo com a criação do mundo.

“Atuando no microcosmo e lidando com o aspecto evanescente do fogo, Marlon alinha fósforos empilhados sobre o suporte, que pode ser o papel canson, e os acende, desenhando por meio da destruição”, escreve Nilza Procopiak, sobre o trabalho do artista. E completa: “Desse modo, o fogo embrenha-se pela superfície do papel através da justaposição dos fósforos, deixando traços indeléveis, ecos do que já foi matéria”.

O jovem artista Marlon Azambuja recebeu prêmios no 8º Salão do Mar, de Antonina – 1998, 40º Salão dos Novos, em Santo Antônio da Platina, 1º Salão de Arte Contemporânea de São José dos Pinhais, 1º Salão de Artes de Rio Negro, 7º Salão de Artes de Itajaí, 6º Salão de Artes de Jaú, em São Paulo, 4º Salão Elke Hering, de Blumenau, todos em 1999.No ano passado, foi premiado no 19º Salão de Artes de Santo André, São Paulo.

***

De hoje a 28 de julho, no Museu de Arte Contemporânea do Paraná (Rua Emiliano Perneta, 29. Informações pelo telefone (41) 222-5172.

Voltar ao topo