Aos 49 anos, a atriz Eliane Giardini saboreia a constante conquista de papéis interessantes. Ao contrário de outras atrizes de sua idade, que reclamam da falta de bons personagens, a intérprete da Caetana da minissérie “A Casa das Sete Mulheres” não enfrenta esse tipo de problema. “Acho ótimo que isto aconteça comigo, porque achava que ao completar 40 anos meu sonho de me destacar como atriz já não seria mais realizado”, admite.
Independentemente da idade, Eliane comemora com entusiasmo quase adolescente a satisfação por interpretar mais um personagem de personalidade forte, após o sucesso como a irascível muçulmana Nazira de “O Clone”, e também por ser dirigida mais uma vez por Jayme Monjardim. Para a atriz, aliás, um convite de Monjardim é sempre irrecusável. Ela considera o diretor o responsável pelo sucesso da minissérie e pela enorme satisfação que sente por participar deste atual trabalho. “Ele é muito apaixonado pelo que faz e contagia a todos com este sentimento”, elogia.
O prazer em atuar na minissérie se reflete na nostalgia que já sente por estar perto do fim das gravações. Eliane afirma que o ruim de uma minissérie é que ela se apega aos colegas e à história e nem percebe o tempo passar. “Estou acostumada com ?O Clone? que foram 220 capítulos, então eu já acho que está acabando, está me dando um desespero horroroso”, exagera a atriz.
Pela primeira vez, Eliane interpreta uma personagem que acha parecida com ela. Embora acredite que Caetana seja uma guerreira e uma pessoa de autoridade – algo que ela afirma não ser nem de longe -, os momentos de tranqüilidade com a família levam Eliane a se identificar prontamente com o personagem. “Quando me assisto em ?A Casa das Sete Mulheres?, percebo que reproduzo o que sou no meu dia-a-dia”, explica Eliane. Próxima do fim das gravações, a atriz aguarda outros convites tão interessantes quanto os que vem recebendo. “Tenho sorte com os personagens que interpreto. Só tenho a agradecer aos que lembram de mim”, avalia, com modéstia.