Novidades para os fãs de Lulu Santos

Uma das maiores “vítimas” de coletâneas é Lulu Santos. A antiga gravadora dele, a Warner, costumava lançar duas por ano. Não é mal para o artista porque sempre pinga algum no banco e ajuda novas gerações a tomarem contato com material antigo. Anyway, como diria o Nelito de Celebridade, o volume dedicado a Lulu na série Perfil, da Som Livre, tem a seleção feita pelo próprio artista.

“Essa é mais do tipo ‘gostou, fui eu q fiz”. E sempre posso desta forma manejar o q sei que vou querer usar depois. Eles, o João A. (Araújo, presidente da Som Livre) e a turma lá já queriam muito esta coletânea desde o ano retrasado. O pessoal na BMG chiou e brecou logo depois do Programa e, logo depois do Bugalu ficamos prometidos para uma entresafra que rolou agora”, escreve Lulu numa entrevista por e-mail com sua grafia característica.

Treze das 16 faixas saíram de oito discos, quatro delas de Tudo azul (1984) um dos discos mais marcantes da carreira dele. Lulu disse que seguiu a linha da série Perfil, evitando seu lado menos conhecido e também seu lado eletrônico, que já mereceu uma coletânea específica na mesma Som Livre, “Dance bem, dance mal, dance sem parar”:

“Essa série leva mais em consideração aquilo q as pessoas já conhecem, é o trato. Essa exploração de potencialidades, acho q cabe melhor numa caixa, como a que fizeram do Caetano Veloso. Em vez de todas as faixas de todos os discos algo como quatro discos super bem selecionados d ‘sabores’ diferentes, o q é rock ou como rock, o q é samba ou como tal, o q parece balanço, os hits…etc. Isso seria bacana, um projeto bom p’ra própria BMG”, acrescentou Lulu.

Outro plus é a gravação original de Melô do amor que faz sucesso na regravação que Lulu lançou no CD Bugalu (2003), que ele acha uma curiosidade para quem ouviu a versão nova. Na época fez parte de um compacto que ele lançou pela Som Livre com seu nome verdadeiro, Luis Maurício, quando ainda buscava seu caminho e deu uma tentada na trilha da canção romântica. Que ele acabou seguindo a partir de 1982, mas com uma linguagem pop/new wave, para usar uma classificação da época.

A próxima etapa de Lulu será a gravação ao MTV ao vivo com o atual show, da temporada de Bugalu, um espetáculo dinâmico e bem produzido, como são todos os shows de Lulu, que é profissa total. Ele diz que terá pelo menos uma inédita, “Para nunca dar adeus”, quiçá mais, e lançará o áudio em 5.1, o grande plus dos DVDs.

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