Museu Paranaense mostra relíquias da Guerra do Contestado

Quase noventa anos depois de finalizada a Guerra do Contestado, fotos, objetos e documentos desse período histórico do Paraná estarão em exposição nas salas do Museu Paranaense a partir de quarta-feira (26), às 19 horas. O público poderá conferir o acervo até 1° de outubro, com a oportunidade de conhecer armas brancas do acervo do museu, peças históricas da coleção de David Carneiro ? recém-adquirido pelo Governo do Estado – e trabalhos de J. Peón, o artista da numismática, que será homenageado na Sala Personagens Paranaenses.

Portenho de nascimento, José Peón desembarcou em Curitiba em outubro de 1914. Pouco se sabe de sua vida antes da vinda para o Brasil. Em princípios de 1915 estabeleceu aqui sua oficina. Técnica e criatividade foram colocadas à disposição de uma sociedade ávida em registrar seus feitos e acontecimentos de forma perene. Hábil no manejo do buril, a cunhagem de medalhas era sua especialidade. Estima-se que tenha feito quase 500. Suas placas comemorativas possuíam leveza e uma beleza inigualável. Já as inaugurais eram marcadas pela austeridade que a imortalidade exigia.

Seu nome figurou como titular da cadeira de gravura na fundação da Escola de Música e Belas Artes, em 1948, assim como anteriormente, fazendo parte da Escola de Artes fundada por Guido Viaro, em 1937. Sua fama atravessou fronteiras. Nos estados de Santa Catarina, São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia e Pernambuco também podem ser encontradas peças de Peòn.

José Peón faleceu em 23 de setembro de 1972, deixando um legado importantíssimo para a história das artes plásticas do Paraná. As medalhas, placas, plaquetas, medalhões e estatuária, são a herança deixada ao povo da terra que adotou e o amou, nos quase 60 anos em que aqui viveu.

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