Moda em pauta

?Os italianos têm design, os franceses têm marca, os americanos têm mercado interno, os chineses têm preço e nós, temos o quê?. Essa pergunta, escolhida para guiar as discussões do Fashion Marketing 2007, há tempos desafia o mercado da moda no Brasil. Muito se fala na falta de identidade deste segmento, mas a verdade é que a discussão vai além do aspecto de criação. Há toda uma indústria, relativamente nova no País, que está buscando meios de se posicionar no contexto global.

E foi exatamente esse o objetivo da empresária e jornalista Glória Kalil quando criou, no ano passado, o Fashion Marketing, um seminário que reúne profissionais brasileiros e experts estrangeiros do setor para trocar idéias, analisar estratégias e identificar oportunidades para a indústria da moda brasileira.

A segunda edição do evento acontece nos dias 17 e 18 de abril, em São Paulo e prevê um público de mil espectadores. Entre os palestrantes estão Fern Mallis, vice-presidente da IMG Fashion, diretora das semanas de moda de Nova York, Miami e Los Angeles e consultora das semanas de moda de Moscou e Berlim; Colin McDowell, crítico de moda do Sunday Times Style e Xavier Mayer, vice-presidente do Morgan Stanley e especialista em fusões e aquisições no mercado mundial da moda (Burberry, Gucci, Tag Heuer). No time de palestrantes brasileiros destacam-se Giovanni Bianco, de arte da GB65 e responsável pela comunicação visual de Madonna, Nike, Missoni, D&G, entre outras personalidades do mundo fashion; Daniella Issa Helayel, a estilista radicada em Londres e dona da badalada marca Issa; Vicente Donini, presidente do grupo Marisol e o designer Ucho Carvalho, consultor de linguagem e comunicação visual da África Propaganda.

No encerramento do primeiro dia, Gilberto Gil, ministro da Cultura; José Miguel Wisnik, músico e professor de literatura da USP e Paulo Borges, criador do São Paulo Fashion Week, participam de uma mesa-redonda, mediada pela jornalista Mônica Waldvogel, sobre a questão: ?Identidade Brasileira: Existe??. O objetivo é dar continuidade às discussões do primeiro encontro e aprofundar as análises sobre como pensar, criar e vender moda num mundo globalizado, como enfrentar a concorrência na produção de moda com a China e a Índia e, principalmente, quais as armas do Brasil para concorrer no mercado internacional.

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