Mercosul ressurge na Cultura

Pelo menos na área da Cultura, o Mercosul dá sinais de que pode ressuscitar. Depois de uma solenidade de abertura na última quinta-feira, com a presença do governador Roberto Requião, dos representantes do Ministério da Cultura do Brasil, Geraldo Vitor Silva Filho, do Paraguai, Graciela Mesa e do ministro da Cultura da Argentina, Torquato di Tella, começou oficialmente ontem o Festival Internacional de Teatro da Tríplice Fronteira. O evento vai até o dia 25, com apresentações em teatros e praças das cidades de Puerto Iguazú (Argentina), Ciudad del Este (Paraguai) e Foz do Iguaçu (Brasil).

Cada país será representado por quatro companhias teatrais, além de diferentes grupos de música e dança. O Brasil comparece com a Companhia de Dança Guaíra 2 (G2), com o espetáculo O Tombo, com o grupo Etc e Tal, do Rio de Janeiro, e as companhias Oigalê, de Porto Alegre, e Emmanoel Marinho, de Campo Grande (MS). O grupo Foz de Teatro apresenta Dorotéia, com direção de Arinha Rocha.

A programação da Argentina inclui Dionisia a la Menora, de Mauro Santamaría, direção de Aldo Cristanchi; Matar, de Alejandro Palmetler; Un Mundo Raro, direção de Thierry Calderón de la Barca; El Juego del Poder, de Azucena Fontan; La Fiesta de la Cretona, El Herrero y la Muerte e Escenas Misioneras, todas dirigidas por Adhemar Bianchi e finalmente Comparsa Iguazú, por Bibiana Ferldman e Yanko Tomas.

O Paraguai apresenta 14 y 15 Alboroto en la Plaza, de Nelson Arce; Babilonia Sur, de Monho Azuaga, com direção de Teresa González Meyer; Ha Che Retá Paraguay, de Teodoro S. Mongelós, direção de Erenia López e Minby, com direção de Wal Mayans.

Entre os grupos musicais se destacam o Coro Itaipu Binacional, que interpretará no encerramento a Misa de Zipoli, com direção de Justo Pastor Piñanez; o elenco teatral da Itaipu com San Blas ara pe Guare, de Justiniano Zaracho Garay, e a Agrupação Artística da Cidade de Leste, que apresentará um espetáculo de música, teatro e danças folclóricas paraguaias, com direção de Marcia Kon. O Uruguai, que participa como país convidado, apresenta Murga Madre, de Pablo Routin, com música e arranjos musicais de Edú Lombardo e direção de Fernando Toja.

A diretora do Centro Cultural Teatro Guaíra, Nitis Jacon, responsável pela organização brasileira do Festival, disse que chegou o momento dos países latinos caminharem para o desenvolvimento cultural sustentado, aliando economia e cultura em prol do bem maior de seus povos. “A criatividade é a mola propulsora deste desenvolvimento. A união política que vivemos facilita o desenvolvimento cultural”.

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