Marca inglesa comemora primeira loja em Curitiba

A festa da marca inglesa para comemorar hoje, oficialmente, a sua oitava loja no Brasil, a primeira em Curitiba, começa com um chá da tarde das 17h às 19h e palestra de Bruno Astuto. O colunista, que escreve para as revistas Vogue e Época e fala sobre celebridades no programa de Ana Maria Braga (Globo), exalta a era eduardiana, bem ao gosto do seu patrocinador. É nesse período que aparece a Burberry (inaugurada em 1856) e seu propagandista mais famoso: o rei Eduardo VII, que elegeu a capa de chuva da grife como ítem obrigatório. Ainda hoje a peça com forro xadrez em preto, branco, bege e vermelho é ícone fashion. Só que agora não é exclusividade da realeza. Na loja do Shopping PatioBatel a peça custa cerca de R$ 4.500, parcelado em 6 vezes.

“Esse jeito brasileiro de comprar é um desafio para as marcas de luxo, que ainda estão aprendendo a lidar com o nosso estilo. E não é só o parcelamento. A informalidade e esse carisma natural também desafia a lógica desse mercado que cresceu em outros países de forma mais austera. Não existe essa intimidade entre vendedor e consumidor nas lojas de fora. Aqui é quase regra”, analisa Bruno, adiantando que isso é também é sinal de oportunidade para quem está em busca de uma boa colocação.

Emprego de luxo

Em geral, o salário fixo de um vendedor em começo de carreira nas grifes de luxo varia de R$ 3 mil a R$ 4,5 mil. Vendedores mais experientes podem ganhar entre R$ 4,5 mil e R$ 6 mil. “Mas não adianta ser só bonitinha. O que se quer aqui é profissionalismo e identificação com a marca. Quem quer trabalhar no mercado de luxo precisa ler, tem que aprender sobre moda, história e estar pronto para atender um público exigente”, ensina Bruno.

O colunista também conta que passada a fase inicial, de contratação, ainda há obstáculos e a candidata a boa vendadora precisa ter agenda de clientes. “O salário é ótimo mas você vai ficar à deriva se não souber cativar e fidelizar o cliente. Esse é o pulo do gato: ter identidade com a marca e desperatar na cliente a mesma empatia.”

A boa notícia é que vale a pena investir nesse mercado chique que só cresce, no mundo e, em especial, em Curitiba. Segundo a MCF Consultoria, especializada no varejo de luxo, o faturamento desse mercado no Brasil cresceu cerca de 240% nos últimos seis anos, com um tíquete médio de R$ 5 mil. Depois de Rio e São Paulo, Curitiba é a cidade mais citada pelas grandes marcas quando o assunto é expansão.

Nos primeiros seis meses do ano, as vendas de carros importados acima de R$ 150 mil subiram em 30% ante igual período em 2012 no Brasil. A Land Rover mais que dobrou suas vendas oferecendo aos compradores carros de R$ 400 mil em 12 prestações sem juros.

Balada

Depois da aula de estilo inglês o colunista, socialites e famosos vão para um coquetel até às 22h. O som fica por conta da princesa Paola de Orleans e Bragança.