Para o leigo que olha, parece a coisa mais complicada do mundo, uma habilidade fora do comum. Já quem faz garante que malabarismo é puro cálculo matemático, exercício de sincronicidade e aplicação prática das leis da Física. A partir de hoje, Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, se transforma na capital nacional dos malabares. É a 5.ª Convenção Brasileira de Malabarismo, que vai até domingo no Clube Panorâmico de Pinhais, reunindo feras do Brasil e do exterior na arte de manipular diversos objetos.
O malabarista paulista Alexandre Roit dá a receita: “Se você consegue abotoar sua camisa e amarrar o cadarço do seu tênis ao mesmo tempo, está apto a praticar malabares”. Entre os benefícios da prática, estão o desenvolvimento da coordenação motora nos dois lados do corpo (ambidestria), aumento da concentração, melhoria da visão espacial, auto-confiança, desenvolvimento dos reflexos e do ritmo, entre outros. “Tudo isso faz a gente praticar cada vez mais”, assegura o sociólogo Fernando Amorim Moutinho, um dos organizadores da convenção.
O evento é resultado de um movimento nacional em prol do malabarismo e artes afins, no qual se promove o intercâmbio regional, nacional e internacional pela troca de experiências e técnicas diversas. São esperados mais de 300 participantes, com representantes do Brasil inteiro e de países como Chile, Uruguai, Venezuela, Argentina, Inglaterra, França, Alemanha, Portugal e Espanha. Entre os artistas que já confirmaram presença, estão os argentinos Marcelo Luján e Pablo Nordio, do Circo Amaril-lo, o campeão mundial de iôiô, Rafael Matsunaga, e o paulista “Prego”, um dos mestres brasileiros do malabar clássico. Mas, para Fernando Moutinho, qualquer pessoa pode vir a se tornar um bom malabarista. “Basta ter vontade, paciência e perseverança, independente de idade”, considera.
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As inscrições estão abertas para as oficinas, competições, jogos e debates, e podem ser feitas pelo site www.malabarizando.com.br. Mais informações pelo telefone (41) 3022-8263.