Karina Bacchi considera que está diante de sua grande chance na TV

Enquanto fala, Karina Bacchi exibe o mesmo largo sorriso que empresta à exuberante Pamela, de Agora É Que São Elas. Tamanha felicidade se justifica. Aos 26 anos, a atriz acredita que tem nas mãos a primeira grande chance na tevê. Até então, ela tinha interpretado apenas papéis pequenos em novelas da Record e do SBT, fora as participações-relâmpago em produções da Globo.

“Depois que fiz o teste para a novela, mentalizei a semana inteira o produtor de elenco me ligando e dizendo que tinha sido escolhida. Não é que deu certo?”, surpreende-se, arregalando os expressivos olhos verdes. Outra surpresa foi descobrir que sabe fazer comédia. A atriz jura que nunca se achou engraçada, nem é boa em contar piadas. Na pele da sensual e destrambelhada Pamela, ela abusa dos figurinos ousados, com decotes e combinações de pink e oncinha. “Mas não posso cair na caricatura. Quando a Pamela fica triste é uma perua triste. Tem de ser verdadeiro”, esclarece a atriz, que no início chegou a ser criticada pelo excesso de caras e bocas em cena.

“Quando me assisti pela primeira vez no vídeo, vi que tinha mesmo muito a melhorar. Dei até sorte de encontrar pessoas que acreditaram em mim”, reconhece a bela, dona de um corpo escultural que já adornou diversos comerciais, campanhas publicitárias e ensaios fotográficos – como o do site The Girl, em que ela aparece atualmente em poses para lá de sensuais.

De fato, a carreira artística de Karina passou, inevitavelmente, pela trajetória de modelo. Aos 14 anos, ela deixou a pequena São Manoel, no interior de São Paulo, e foi para a capital investir nas profissões de modelo e atriz. Fez alguns cursos de interpretação e até chegou a atuar num espetáculo dirigido por Oswaldo Montenegro. Mas, de início, os trabalhos como modelo foram mais promissores. Karina encarnou, por exemplo, a namorada de Ted Tigre, no comercial da Tubos e Conexões Tigre, e a loira em cujo bumbum foi tatuado um anjinho ruivo, personagem de uma marca de papel higiênico. “Fiquei dois anos fazendo cursos, chegava nos testes de novela e não passava. Diziam que eu não tinha experiência…”, choraminga a atriz.

A primeira chance em novelas veio em Vidas Cruzadas, exibida pela Record em 2000. Karina interpretou Renata, uma jovem aficcionada por esportes radicais. Em 2001, ela emplacou a “patricinha” Mônica, de Pícara Sonhadora, no SBT. No mesmo ano, a atriz fez duas participações na Globo, como uma exuberante muçulmana, em “O Clone”, e como uma das inúmeras amantes de Dom Pedro I, em O Quinto dos Infernos. De volta ao SBT, interpretou a noviça manca Sabrina, de Marisol – que, a exemplo do que sempre acontece nas tramas mexicanas, terminava a novela curada e acompanhada de seu grande amor.

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