Prime Rock Brasil!

Festival curitibano leva 25 mil pessoas a Belo Horizonte para celebrar o rock nacional

Foto: Divulgação/Prime.

No entretenimento, quem arrisca geralmente tem uma chance grande de conseguir bons frutos e é assim que podemos definir o Prime Rock Brasil, ou também Prime Rock Festival, evento que resgata o rock nacional e nasceu em Curitiba, no ano passado, mas que aos poucos vai quebrando as divisas entre os estados. Um ano depois, já passou por Recife e no último final de semana por Belo Horizonte, mas daqui duas semanas, no dia 7 de dezembro, Curitiba recebe a segunda edição, na Pedreira Paulo Leminski, numa noite que promete fechar o ano de 2019 com os grandes clássicos do rock brasileiro.

No final de semana, a convite da produtora idealizadora do evento, a Prime, a Tribuna do Paraná acompanhou a edição de Belo Horizonte do Prime Rock Festival, que mobilizou aproximadamente 25 mil pessoas na Esplanada do Mineirão com Sideral, Blitz, Nando Reis, Os Paralamas do Sucesso, Humberto Gessinger, Jota Quest e Legião Urbana. Nem mesmo a chuva forte, que parou o evento por algumas horas, fez com que o público arredasse o pé e foi exatamente essa energia que fez do evento um sucesso, ainda que após todas as dificuldades da produção pelas causas naturais que poderiam até mesmo provocar o cancelamento do evento.

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“O prime rock brasil dá uma amostra do que o público é capaz de fazer. Existe uma demanda muito bacana que está sendo suprida com um festival desse, que traz esse elenco de atrações. Isso nos deixa animado, porque o que presenciamos é incrível. É um alento e reação da plateia te injeta uma adrenalina, uma mágica, que te faz ter mais vontade de seguir”, comentou João Barone, do Paralamas, que reforçou que as bandas nacionais precisavam desse reconhecimento. “Hoje em dia a gente tem visto um dilema com artistas e bandas que têm essa longevidade, eles não têm que brigar com sua obra pregressa, não temos que fazer mais sucesso do que a gente já fez até hoje, o que nós queremos é continuar tocando, vendo o público”. Veja a entrevista completa:

Em atividade desde 1982, os cariocas da Blitz foram os responsáveis por praticamente darem o pontapé inicial no festival, tocando logo após Sideral, que foi o primeiro do evento em Belo Horizonte. Evandro Mesquita, o vocalista que também é ator, comentou que estava muito feliz em poder se apresentar, mesmo depois de tantos anos de banda, num evento como este, ainda mais sabendo que surgiu em Curitiba. “É sensacional. A gente quer mesmo é estar junto desse evento, que reúne músicos das antigas com o pessoal novo. Maior prazer, maior honra estar nesse festival”, resumiu.

Desde a origem, a Blitz tem, como principal característica, o bom humor nas letras. À Tribuna do Paraná, Evandro avaliou que é exatamente isso que a banda buscava no começo e continua fazendo hoje em dia: falar de coisa séria, mas sem ser de uma forma chata. “A gente quando começou estava numa época muito difícil, de ditadura, censura, mas viemos com uma malandragem, com crônicas inspiradas no Stanislaw Ponte Preta, no humor carioca, no Moreira da Silva que conta aquelas histórias engraçadas. Isso é o que inspira a gente, falar de coisas sérias, mas sem de uma maneira panfletária, didática ou muito óbvia. Falamos brincando, mas de coisas sérias”. Veja a entrevista completa:

Galera de peso!

Entre os nomes que se apresentaram em BH e que tocam em Curitiba, está o da Legião Urbana, que não esteve entre as bandas do ano passado. Dado Villa Lobos disse que a ideia do festival é “fabulosa, pelo formato de juntar muita gente” do rock nacional. Já para Marcelo Bonfá, estar em Curitiba é ainda mais especial. “Assim como BH, Curitiba é uma cidade que sentimos uma melhora bacana em todos os níveis. Se tem lugar que a gente sente expectativa de tocar e que ficamos mais nervosos é Curitiba, porque sabemos que temos muitos fãs ligados no trabalho da banda, então temos que chegar na mesma vibe, no mesmo nível, e ainda assim a gente está sempre por lá”.

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Trazendo um repertório cheio de sucessos do Legião, o show é também um grandioso protesto com tudo que tem acontecido atualmente. “E todas as músicas conversam muito com o que vivemos hoje. Eu particularmente sinto, em cada palavra que canto, a relevância do que está sendo dito ali. Não é atoa que as pessoas lotam os locais dos shows, o rock nacional tem muito a dizer e estamos num momento muito bom de estar falando tudo isso de novo”, avaliou André Frastechi, que tem ficado a frente dos vocais. Veja a entrevista completa:

Sideral, irmão de Rogério Flausino, vai tocar na edição de Curitiba, mas antes disso estreou na edição de BH e saiu do palco mineiro extremamente feliz com o que viveu, principalmente por apresentar o show de seu novo projeto, que faz um resgate de músicas brasileiras do jeito que só ele sabe fazer. “É emocionante ver a reação das pessoas a cada música que começa. Sei que é até perigoso mexer com clássicos, mas a gente tem feito isso num trabalho de pesquisa muito intensa. Estou muito ansioso para estar em Curitiba, porque a cidade é uma das mais roqueiras do Brasil, tanto que é muito valorizada. Isso sem contar a Pedreira, que é um patrimônio do país, então não vejo a hora”. Veja a entrevista completa:

Emocionado, o vocalista do Jota Quest, Rogério Flausino, que participou ativamente da concepção do Prime Rock Festival, disse estar feliz com as conquistas de quebra de divisa. “O mais legal é a junção das bandas que esse festival permite. Eu acho que essa saudade de ver isso tudo acontecendo é o que faz com que as pessoas estejam nestes eventos. O Mineirão é um local clássico de BH, então ficamos muito felizes de poder fazer algo que há muito tempo não tínhamos na cidade, ainda mais sendo um festival que nasceu em Curitiba e que agora está saindo pelo Brasil. É histórico”.

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Repetir a dose do ano passado, para Flausino, é algo que a banda encara com muita humildade. “Quando pensamos no festival, pensamos em trazer clássicos do rock e eu não sabia se o Jota Quest poderia fazer parte dessa lista de bandas. Eu, particularmente, achava que não, mas pela nossa história em si, entramos. Ainda assim, fico muito satisfeito por isso, porque várias outras bandas fazem parte disso e acho que a ideia é seguir com outros nomes ao longo dos anos, ampliando para bandas conhecidas em outras décadas também”, avaliou o cantor. Veja a entrevista completa:

Vem, Curitiba!

Além dos nomes já citados, Sideral, Jota Quest e Legião Urbana, tocam em Curitiba também Skank, Nenhum de Nós, Biquíni Cavadão e Capital Inicial. “É a comprovação de que o rock nacional sempre foi um segmento musical muito querido pelo público e ver isso tudo acontecendo é o que mais faz sentido em todo o esforço desempenhado. As pessoas amam, querem eventos como este e nós precisamos fazer isso acontecer para que o público possa respirar essa onda que tá voltando”. Os ingressos para a segunda edição do Prime Rock Brasil em Curitiba são vendidos pelo Disk-Ingressos, a partir de R$ 150 (meia-entrada). Enquanto a edição curitibana não chega, fique com algumas fotos do que rolou em BH:

Foto: Lucas Sarzi/Tribuna do Paraná.
Foto: Lucas Sarzi/Tribuna do Paraná.
Foto: Lucas Sarzi/Tribuna do Paraná.
Foto: Lucas Sarzi/Tribuna do Paraná.
Foto: Lucas Sarzi/Tribuna do Paraná.
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Foto: Lucas Sarzi/Tribuna do Paraná.
Foto: Lucas Sarzi/Tribuna do Paraná.
Foto: Lucas Sarzi/Tribuna do Paraná.
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Foto: Lucas Sarzi/Tribuna do Paraná.
Foto: Lucas Sarzi/Tribuna do Paraná.
Foto: Lucas Sarzi/Tribuna do Paraná.
Foto: Lucas Sarzi/Tribuna do Paraná.
Foto: Lucas Sarzi/Tribuna do Paraná.
Foto: Lucas Sarzi/Tribuna do Paraná.
Foto: Lucas Sarzi/Tribuna do Paraná.
Foto: Lucas Sarzi/Tribuna do Paraná.
Foto: Lucas Sarzi/Tribuna do Paraná.
Foto: Lucas Sarzi/Tribuna do Paraná.
Foto: Lucas Sarzi/Tribuna do Paraná.
Foto: Lucas Sarzi/Tribuna do Paraná.
Foto: Lucas Sarzi/Tribuna do Paraná.
Foto: Lucas Sarzi/Tribuna do Paraná.
Foto: Lucas Sarzi/Tribuna do Paraná.
Foto: Lucas Sarzi/Tribuna do Paraná.
Foto: Lucas Sarzi/Tribuna do Paraná.
Foto: Lucas Sarzi/Tribuna do Paraná.
Foto: Lucas Sarzi/Tribuna do Paraná.
Foto: Lucas Sarzi/Tribuna do Paraná.
Foto: Lucas Sarzi/Tribuna do Paraná.

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