Exposição marca 40 anos de Álvaro Apocalypse

Ainda pouco conhecida pelo grande público, a faceta de artista plástico de Álvaro Apocalypse pode ser apreciada na exposição Auto-Retrato, que fica em cartaz entre os dias 28 de abril e 14 de maio, na Galeria de Arte da Casa de Cultura Maestro Dungas, em Itabirito.

Reconhecido principalmente por ser um dos fundadores do Giramundo Teatro de Bonecos, Álvaro Apocalypse também é considerado um dos maiores nomes das artes plásticas. Sua trajetória artística começou em 1957 fazendo ilustração publicitária, passando pela pintura, gravura, desenho, cenografia e dramaturgia. Curiosamente, Álvaro Apocalypse também foi advogado e professor universitário.

A exposição Auto-Retrato traz 10 telas e uma escultura, obras criadas pelo artistas ao longo das quatro décadas de trabalho. Algumas delas eram as preferidas de Álvaro Apocalypse, como São Francisco de Assis, Pescadores e a tela Santa Ceia, todas na técnica acrílica sobre tela.

Para a curadoria, as filhas de Álvaro Apocalypse, Beatriz e Adriana Apocalypse, que atualmente são responsáveis pelo acervo do pai, convidaram uma equipe que atua no Museu Giramundo. A curadoria preferiu privilegiar o artista plástico Álvaro Apocalypse, ao invés do criador de marionetes. ?Queremos mostrar a importância do Álvaro para as artes plásticas mineiras?, frisa Adriana. ?É uma parte importante da sua obra que é pouco conhecida do público?, completa.

De advogado a artista plástico Álvaro Brandão Apocalypse nasceu em Ouro Fino, Minas Gerais, em 1937, e faleceu em Belo Horizonte, em 2003. Foi pintor, gravador, desenhista, cenógrafo, professor, teatrólogo, museólogo, publicitário e advogado.

Como diretor do Grupo Giramundo, coordenou a encenação de vários espetáculos e filmes e recebeu diversos prêmios nacionais. Em 1980, recebeu o Prêmio Molière de Teatro pela direção do espetáculo Cobra Norato. Em 1984 e 1987, ganhou o Troféu João Ceschiatti pela direção de As Relações Naturais e pelo cenário de As Criadas. Em 1986, ganhou o prêmio de cenografia do Festival Brasileiro de Cinema de Brasília e o Troféu Ganga Bruta de Cinema, pela criação dos bonecos do filme A Dança dos Bonecos.

Sua primeira exposição individual aconteceu em 1964, na Galeria Atrium, em São Paulo. No ano seguinte, expôs seus desenhos na galeria do ICBEU, em Belo Horizonte. Realizou, ainda, individuais no Rio de Janeiro e Florianópolis.

No início de carreira, participou de várias exposições coletivas: Salão Municipal de Belo Horizonte (1957), 7.º Salão de Arte Moderna do Rio de Janeiro (1958), Salão Paulista de Arte Moderna (1961) e Salão de Arte Moderna de Pernambuco (1962). Na década de 60, levou seu trabalho para Lagos (Nigéria, 1963), Salvador (1966), Washington (Estados Unidos, 1966), Curitiba, Porto Alegre e Brasília, em 1967. Em 1971, participou da Collection Brésil, em Paris.

Entrada franca. Informações: (31) 3561-1014 

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