Nayara Justino, que fez sua estreia na dramaturgia brasileira na novela Escrava Mãe, da Record , revelou que não guarda boas recordações de seus tempos de Globeleza.
A atriz, que foi eleita pelo voto popular no concurso realizado pelo Fantástico, em 2013, foi dispensada sem justificativa pela emissora do Jardim Botânico, no Rio de Janeiro, sem receber explicações sobre o motivo.
Em entrevista exibida no Programa do Gugu, da Rede Record, Nayara Justino, que foi vítima de racismo nas redes sociais no tempo em que ostentou o título de Globeleza, disse que se sentiu usada pela Rede Globo.
“Tudo começou quando um amigo meu me ligou falando que a Globo estava procurando outra Globeleza. Depois de um tempo, eles entraram em contato comigo e me comunicaram que eu não seria mais Globeleza. Eu me senti usada. Quando eu apareci, eu meio que dei uma levantada no título (de Globoleza), e depois me tiraram do posto. Não tenho revolta por terem me tirado, mas o problema é que eu não pude me defender das ofensas que recebi”, revelou Nayara Justino.
A atriz também disse que perdeu muitas oportunidades por conta de ser Musa do Carnaval da emissora carioca.
“Antes de a minha vinheta ir ao ar, eu recebia muitos telefonemas de empresários. Depois, todos sumiram. As pessoas ouviam o que os outros diziam, mas não procuravam saber da verdade. A Nayara da Globeleza ficou um pouco diferente do que eu era. Não parecia a Nayara ali (na vinheta). Até hoje eu sinto que perdi muitos trabalhos por isso”, disse Nayara Justino.
Disse que não teve suporte necessário na emissora
“Faltou um pouco de preparo também, uma assistência, não só para vinheta mas para minha imagem aqui fora, tive que contratar um assessor de imprensa quando fiquei sabendo que iria perder o cargo de Globeleza, só aí que eu comecei a ser vista e sair na mídia e, então desfilar no carnaval deste ano que é o que mais amo”, comentou.
Sobre os comentários racistas de que ela era preta demais:
“Ouvi de pessoas e li isso em comentários, que eu era preta demais, quando fiz um ensaio no Rio com o astro angolano Adi Cudz, ele comentou que no país dele, Angola, isso também existe, mas que ficou horrorizado com o que leu nos noticiários sobre mim no país dele. Disse que um país como o Brasil, que tem mais negros que a Angola em quantidade, poderia ter tanto preconceito”, finalizou.