Estreia hoje nos cinemas em ‘Sex and The City 2’

Quando o seriado “Sex and the City” levou pela primeira vez aos cinemas a história das quatro amigas de Nova York, em 2008, a trama principal girava em torno da decepção amorosa de Carrie Bradshaw. A protagonista, vivida por Sarah Jessica Parker, chegou a ser abandonada no altar antes de se casar com o amor de sua vida, Mr. Big. Bem, dois anos se passaram dentro e fora da telona até o contexto da sequência que estreia hoje. No filme, Carrie leva sua tão esperada vida de casada, em seu belíssimo e luxuoso apartamento, numa relação estável e feliz. Mas em “Sex and the City 2”, isso não é solução. É o problema.

Pois se antes Carrie era uma jovem baladeira em busca do amor verdadeiro – e dos melhores modelitos e os sapatos mais invocados para combinar -, agora, que ela beira os 40 e conquistou tudo o que queria, começa a achar esse modelo de vidinha perfeita insuficiente. E no mundo de Carrie, no qual opiniões e sentimentos têm peso igual aos nomes nas etiquetas, é mais do que inconcebível, é demodê, deixar Mr. Big encomendar comida pronta para o jantar e deitar com os sapatos sobre o sofá.

Entre as amigas, os problemas também envolvem a vida de casada, exceto pela extravagante Samantha (Kim Cattrall), que felizmente continua com o mesmo fogo e humor apurado que sempre foi um dos grandes atrativos de quem acompanhou a série. Charlotte (Kristin Davis), a mais perfeccionista e ligada às convenções do quarteto, se desdobra para criar duas filhas sem arranhar o plano da família perfeita. Suas preocupações aumentam quando começa a ter ciúmes da jovem babá (Alice Eve) que, é claro, não usa sutiã.

Miranda (Cynthia Nixon) segue sua carreira de sucesso como advogada, mas é reprimida pelo chefe machista que não a deixa manifestar suas ideias. Além disso, ela se tortura por nunca conseguir participar dos eventos escolares do filho Brady. Já Samantha, para alívio do espectador, ainda cisca no terreno amoroso. São dela as melhores frases, piadinhas e as poucas referências do quase incabido ‘Sex’ do título do filme. Mas é à base do humor que a personagem impede o extenso longa (são 2h26 minutos) de desandar.

É de Sam também a ideia de uma viagem com tudo pago para um luxuoso hotel em Abu Dhabi (na verdade, o filme foi rodado no Marrocos). A imersão no mundo árabe, como o esperado, não se resume a paisagens exuberantes, mas explora mais acomodações glamourosas, com direito a mordomos individuais para cada uma delas, ostentação intensiva de alta costura, sapatos e joias. As informações são do Jornal da Tarde.