Ennio Torresan participa do Anima Mundi, em SP

Que há um longo percurso entre o início de um longa-metragem de animação e o resultado que se vê na tela até mesmo os menos especialistas já sabem. Mas que há um processo crucial para que as ideias impressas no roteiro ganhem dimensão no papel (ou na tela, já que hoje muitos desenhos animados são criados direto no computador) nem todos sabem. Há um recurso chamado storyboard que, seja no live action (“filme de verdade”) ou na animação, cria sequências e quadros de cada cena de um filme.

O storyboard ajuda diretor e equipe a visualizarem que cara o produto final terá, além de auxiliar a pensar nos planos, pontos de vista de cada cena e personagem. É também um ótimo teste para checar que diálogos funcionam, que passagens devem permanecer ou serem retiradas. Ou seja, um storyboard de qualidade, muito mais que um rascunho, é um pré-filme, imprescindível para um bom resultado final.

É nessa etapa estratégica que entra o trabalho do brasileiro Ennio Torresan, responsável pelo storyboard de diversos filmes da americana DreamWorks que rodaram o mundo como “Turbo”, “Madagascar” e “Kung Fu Panda”. “É um trabalho que adoro. Para se fazer um storyboard é preciso muito mais do que saber desenhar. É necessário conhecer posição de câmera, luz, efeitos especiais e, claro, contar histórias”, comenta Torresan, que participa do Anima Mundi, que começa nesta quarta-feira, 14, em São Paulo.

Torresan nasceu e cresceu no Rio, mas vive nos Estados Unidos há mais de uma década. Lá já passou por diversos estúdios, como o Nickelodeon (onde cuidou dos storyboards de “Bob Esponja”) e hoje integra a equipe da Dreamworks. Além disso, criou os storyboards e codirigiu “Até Que a Sbórnia nos Separe” em parceria com Otto Guerra, que estreia hoje no Festival de Cinema de Gramado.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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