A mostra ?Encontro com o Cinema Brasileiro? é um dos destaques do Circuito Cultural Banco do Brasil (CCBB) esta semana. Cinco produções nacionais dos últimos 16 anos estão sendo exibidas no Auditório do Museu Oscar Niemeyer desde ontem, e terminam com o encerramento do circuito, domingo. Com entradas gratuitas, Doces poderes, Brava gente brasileira, Que bom te ver viva, O olhar estrangeiro e Quase dois irmãos são exibidos a partir das 17h30. Na sexta-feira, a cineasta Lúcia Murat faz palestra e bate-papo com o público a partir das 19h30. Engajada nos movimentos antiditatoriais, a diretora de cinema reflete as experiências da repressão em produções independentes.
Em Doces poderes (1996), Antônio Fagundes e Marisa Orth contracenam em longa-metragem que aborda os bastidores de uma campanha eleitoral. De forma totalmente imparcial, o filme desenrola sobre a vida de jornalistas que trabalham nas eleições para um governo. Com o objetivo de encher os bolsos, vários jornalistas esquecem suas ideologias e trabalham na campanha de candidatos concorrentes. O conflito fica a cargo da personagem de Marisa Orth, que ao mesmo tempo questiona seus princípios e se envolve num triângulo amoroso com um jornalista e um deputado. O elenco ainda conta com Tuca Andrada, Sérgio Mamberti, Otávio Augusto, José de Abreu, Luiz Melo, Zezé Polessa, Chico Dias, Jonas Bloch e Stephan Nercessian.
As demais produções ainda abordam cenários políticos, Brasil do século XVIII e um documentário. Em Que bom te ver viva (1989), ex-presas políticas têm suas vidas questionadas durante o Golpe de 1964. Com depoimentos de oito mulheres que enfrentaram o regime, o filme mistura ficção e relatos reais. Produzido em 2000 e viajando ao Brasil de 1798, Brava gente brasileira relembra a época em que o País ainda era um território misterioso para Portugal. Permeado pelas atrocidades e violências travadas entre índios e portugueses, o filme conta com Diogo Infante no elenco.
Em Quase dois irmãos (2004), dois personagens de mundos opostos traçam o panorama político dos últimos 50 anos no Brasil. Com Caco Ciocler, Fernando Alves Pinto, Marieta Severo, Flávio Bauraqui, Luiz Melodia, Maria Flor, Werner Shüneman e Fernando Eiras no elenco, o filme busca na música popular o ponto de ligação entre o cenários das favelas e da classe intelectual. Em Olhar de estrangeiro (2005), a imagem do Brasil retratada pelo cinema estrangeiro é estudada e filmada num documentário que entrevista atores, diretores e roteiristas do cinema mundial.
Horário da programação e mais informações pelo telefone (41) 3350-4400.