Empresário recuperou antigo teatro com novo estilo

Aos 28 anos, Frederico Reder não se define como administrador de teatro. Ou produtor de espetáculos. Enquanto fala dos planos para o futuro Teatro do Shopping Vila Olímpia, ele se autodenomina um empreendedor do ramo do entretenimento.

Em março de 2012, Reder reabriu um marco do teatro nacional: o antigo “Terezão”. A sala, inaugurada em 1971, havia sido palco para o show Fa-tal – Gal a Todo Vapor, para Gilberto Gil cantar pela primeira vez Expresso 2222, onde Chico Buarque e Paulo Pontes estrearam Gota D’Água. Antes de ser arrendada por Reder, estava abandonada havia 10 anos.

“Era um teatro feito não só de cimento, mas de história”, ele conta. Para administrar o novo Net Rio, Reder inventou um estilo próprio de administração. Ao contrário da maior parte das salas de espetáculos, que funcionam episodicamente, faz questão de manter o teatro aberto diariamente. “Temos programação 365 dias por ano”, observa. Na sua agenda, os shows têm espaço às segundas, terças e quartas e o teatro merece o restante da semana.

Outra diferença está no vínculo que cria com as produções. Para evitar prejuízos, os espaços costumam cobrar dos espetáculos um valor mínimo por dia. “Não cobro mínimo porque aposto no máximo. Divido riscos. Quero que os espetáculos tenham sucesso.”

Indicado ao Prêmio Shell pela revitalização do teatro, o empresário tem como foco principal a cultura brasileira. “É importante contar a história de personagens brasileiros.” Outra aposta é na formação de público, com espetáculos infantis a R$ 1 e planos de fazer um teatro acessível aos portadores de todos os tipos de deficiência. “É preciso criar novas plateias. Plantar hoje para colher amanhã. Sou comerciante, mas minha receita não é só o dinheiro.” As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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