Depois de sucesso em comercial, Bruna Di Tullio alça outros vôos

O verão de 2002 foi inesquecível para Bruna Di Tullio. Para ela e para uma legião de marmanjos que ficava de boca seca toda vez que aparecia em um comercial de cerveja. Com uma vasta cabeleira loura e expressivos olhos azuis, a moça enfeitiçava o público masculino como a perturbadora sereia da campanha da Skol. Hoje, três anos depois, ela reaparece no vídeo, mais vestida que nunca, em Alma Gêmea, da Globo. Na trama de Walcyr Carrasco, interpreta a dissimulada Madalena, a modista da cidade que, nos próximos capítulos, vai ter um romance com o médico Eduardo, de Ângelo Antônio. Apesar do pouco tempo entre um trabalho e outro, Bruna garante que as pessoas demoram para identificá-la e, por isso mesmo, já não fazem mais tanta referência à lendária figura marinha que interpretava no anúncio. "Também pudera, né? Não estou mais loura e nem saio nua por aí com a pele toda brilhante…", justifica, brincalhona.

Aos 23 anos, Bruna Di Tullio lembra que adorou quando soube que teria de tingir os cabelos para a novela. O mesmo, porém, não se pode dizer quanto a cortá-los. Mesmo assim, loura desde sempre, costumava imaginar como ficaria morena… "Sempre quis escurecer os cabelos, mas não podia fazê-lo só por vaidade. Quando soube que me queriam morena, adorei", sorri. Quem também gostou muito do resultado foi o namorado da moça, o ator Pedro Neschling, com quem ela namora há mais de um ano. Para não criar atritos em casa, ela só não entra em detalhes se o assédio masculino aumentou ou não com o novo visual. "Dizem que as louras chamam mais a atenção, mas já me falaram também que o cabelo moreno ressalta mais a cor de meus olhos. Honestamente, não mudou muita coisa", desconversa.

 Mudança mesmo aconteceu foi na carreira de Bruna. Desde que despontou como sereia da Skol, já fez participação em diversas novelas da Globo, como Malhação e Da Cor do Pecado. A preferida de Bruna, porém, foi na minissérie Um Só Coração, onde teve o privilégio de contracenar com Tarcísio Meira. "No dia da gravação, estava mais nervosa que nunca. Mas ele foi de uma paciência sem tamanho comigo…", derrama-se. Mas, para não viver de participações especiais na tevê, Bruna encheu-se de coragem e foi bater na porta do diretor Jorge Fernando, com um "videobook" debaixo do braço. "Nunca imaginei que alguém fosse ligar para minha casa e perguntar: ‘Oi, tudo bem? Estamos escalando o elenco da próxima novela das seis… Topa participar?’ Sempre corri atrás do que eu quis", observa, irônica.

Apesar da boa repercussão do anúncio da Skol, Bruna ressalta que começou a estudar teatro muito antes de trabalhar como modelo. Só que o pai da moça, o engenheiro José Luiz Di Tullio, nunca aprovou muito a idéia da filha de se tornar atriz. "Ele queria que eu fosse, sei lá, economista, advogada, médica… Qualquer coisa que não fosse atriz!", ri. Mas foi justamente por causa do bendito comercial de cerveja que Bruna estreou no teatro. Ela estava dando entrevista no Programa do Jô quando Oswaldo Montenegro teve a feliz idéia de convidá-la para participar de A Lista. Mas com a condição de que ela se dedicasse integralmente ao espetáculo. "Cancelei até um cruzeiro que faria pelo litoral brasileiro só para não perder um ensaiozinho sequer da peça", recorda a atriz.

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