Dante Mendonça na cadeira número 1

O jornalista e chargista Dante Mendonça, cronista de O Estado e da Tribuna do Paraná, foi eleito ontem por unanimidade para ocupar a cadeira de número 1 da Academia Paranaense de Letras. A mesma foi fundada pelo professor e historiador José Francisco da Rocha Pombo (1857-1933) e está vaga desde 2006, quando faleceu seu antigo ocupante, o poeta e advogado Valfrido Pilotto, que tinha 103 anos de idade.

Dante deve assumir a cadeira no final deste ano. “Vai ser uma grande honra, principalmente porque a Academia tem apenas quarenta cadeiras”, diz. “A eleição representa uma consideração muito grande para qualquer escritor. A Academia tem um papel de muita importância na preservação do nome dos escritores e da literatura paranaense”.

Além das crônicas diárias que escreve para O Estado e Tribuna, Dante é autor de seis livros. O primeiro deles é Álbum de figurinhas e figurões, lançado em 1986, como uma coletânea de charges publicadas no jornal. O mais recente é Serra acima, serra abaixo: o Paraná de trás pra frente, que foi colocado à disposição do público no último mês de março.

Bastante ativo, o jornalista conta que deve começar a se dedicar a uma nova obra no final do ano, mas ainda não revela o assunto da mesma. Na Academia, ele conta que vai trabalhar para melhor divulgar e valorizar a literatura paranaense. “Soube da indicação à cadeira de número 1 há quinze dias. Ainda não sei ao certo quais vão ser minhas funções, mas quero trabalhar bastante para fazer crescer e incentivar a literatura do Paraná”, comenta.

Dante Mendonça começou a assinar a charge editorial de O Estado em 1974. Cidadão Honorário de Curitiba e do Paraná, nasceu em Nova Trento (SC), estando radicado em Curitiba desde 1970. Além de chargista e jornalista, trabalhou por muitos anos em teatro, como ator, diretor e cenógrafo. Também passou pela televisão, fazendo um quadro diário de humor em telejornal. Foi o fundador da Banda Polaca, o maior bloco carnavalesco de Curitiba, e, em 1981, presidente da Comissão de Carnaval de Curitiba.

Entre outras exposições, participou do Salão de Humor de Piracicaba (SP) e da mostra especial de cartunistas brasileiros e estrangeiros no Salão Carioca de Humor, no Rio de Janeiro. Ganhou página no livro O Paraná e a caricatura, de Newton Carneiro, e consta da Enciclopédia Brasileira de Humor.

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