“Hoje eu tenho 15 anos”, foi assim que definiu Maria Lizete Nicolaico, de 65 anos, ao realizar o sonho de assistir, pela primeira vez, ao show da banda que tanto gosta: Bon Jovi. A apresentação desta sexta-feira (27) em Curitiba, da turnê This House Is Not For Sale, que é derivada do 13º álbum de estúdio da banda, que leva o mesmo nome, levou 23 mil pessoas a Pedreira Paulo Leminski e nem mesmo o frio, de 12ºC, impediu que o público esquentasse ao som das músicas que embalaram a vida de muita gente desde a década de 80. A Tribuna do Paraná trouxe, mais cedo, uma entrevista com o guitarrista da banda, Phil X, que falou com exclusividade à Rádio Mundo Livre FM.

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A última vez que a banda tinha vindo a Curitiba foi em outubro de 1995, com a turnê These Days, também na Pedreira Paulo Leminski. “Eu não pude ir ao show, por isso resolvi vir dessa vez. Era meu sonho”, contou Maria Lizete, que acabou acompanhada da filha, mas ia vir sozinha. “Ninguém queria me acompanhar, mas no fim minha filha resolveu vir e curtiu também. Eu mesmo curti demais, mais do que os jovens possam imaginar”.

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Maria Lizete disse ter aproveitado mais que os jovens. Foto: Arquivo Pessoal.

Maria Lizete definiu o show como voltar no tempo e se sentir jovem. “Me sinto mesmo como se estivesse com 15 anos. Tremi e não foi de frio, muito emocionada”, comentou ela, que tem como música preferida a canção Bed of Roses, quando Jon Bon Jovi chamou uma fã sortuda para subir ao palco e dançar com ele. “Achei que ele ia me chamar para subir ao palco com ele, mas não me chamou”, brincou.

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A filha, Danielle Nicolaico Grossi, de 41 anos, que acabou acompanhando a mãe aos 45 do segundo tempo, disse que se emocionou em ver o quanto o show deixou Maria Lizete feliz. “Fiquei encantada em ver o jeito dela, toda empolgada, animada. Ela comprou o ingresso dela e ia sozinha, eu resolvi comprar em cima da hora. Nem gosto, ela quem gosta, mas para mim foi melhor ainda em ver a felicidade dela, não tem o que pague”.

Entre todos os fãs, além da nossa entrevistada Maria Lizete, um das pessoas que fez questão de marcar presença no show foi o prefeito, Rafael Greca. Em suas redes sociais ele, que é admirador de arte, se mostrou feliz em ver a Pedreira Paulo Leminski mais uma vez cheia. “Curitiba espetacular”, disse ele, ao postar uma foto brincando com o tradicional símbolo dos roqueiros. Veja a foto postada por Greca em seu Facebook:

Linear, mas quente

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Assim como nas apresentações de Recife e São Paulo, Jon Bon Jovi não é audacioso nos movimentos, na interação com o público e na parte vocal, que parece até segurar um pouco sem ousar em algumas notas, mas mesmo assim a entrega no palco é evidente do começo ao fim da apresentação. O show acaba sendo linear no sentido de que tem momentos mais quentes, mas não tira o público do chão o tempo todo.

No quesito repertório, a banda tirou Runaway, que fez parte do setlist de São Paulo, e colocou Captain Crash and the Beauty Queen From Mars no lugar, mas como penúltima música antes do BIS. O público sentiu falta de Always e de Blaze of Glory (da carreira solo de Jon Bon Jovi  e que voltou a ficar em alta após ser usada na novela O Outro Lado do Paraíso, da Globo), que não foi tocada em nenhum dos três shows no Brasil até agora.

Foto: Caroline Hecke/Divulgação.

Pra recordar

A passagem de Bon Jovi por Curitiba foi realmente um momento para recordar. E isso já começou pelo próprio vocalista da banda que, ao subir no palco da Pedreira Paulo Leminski disse lembrar do último show que fez aqui, inclusive das escadas que dão acesso ao palco. Com um público bem variado, formado por pessoas das mais diversas idades, principalmente aquelas acima dos 30 anos, o show seguiu certa linearidade, ganhando mais força nas últimas músicas. Entre as pessoas a reação era de tanto saudosismo que, em parte da apresentação, parecia que a emoção tomava conta de um jeito que o público sequer conseguia reagir ao que estava vendo ali na sua frente.

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Se o show de 1995 ficou na memória dos curitibanos e de quem mais passou por aqui, certamente o show deste ano já entrou para a mesma lista. Até porque sabe-se lá quando a banda vai voltar a se apresentar em terras paranaenses outra vez. De qualquer forma, se por acaso Bon Jovi não voltar para esquentar o frio curitibano outra vez, com certeza o público daqui vai guardar para sempre o que viveu junto com a banda numa noite que não só entrou para a lista de shows memoráveis de Curitiba como um dos que mais ocupou a Pedreira neste ano.

Veja mais fotos do show: 

Foto: Caroline Hecke/Divulgação.
Foto: Caroline Hecke/Divulgação.
Foto: Caroline Hecke/Divulgação.
Foto: Caroline Hecke/Divulgação.
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Foto: Caroline Hecke/Divulgação.
Foto: Caroline Hecke/Divulgação.
Foto: Caroline Hecke/Divulgação.

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