Baladeira de ocasião

Ivete Sangalo garante que está orgulhosa de comandar o programa Estação Globo pelo terceiro ano consecutivo. O especial de final de ano da Globo este ano vem com novidades no formato e na cenografia. Cada edição representa uma festa temática, como Festa na Laje, Festa no Parque, Festa na Praia, Festa de Natal e Festa à Fantasia. Além disso, o diretor-geral Marcos Paulo resolveu homenagear alguns programas humorísticos da emissora, como Zorra Total, por exemplo, com citações a alguns quadros dos programas. Mesmo com as reformulações, Ivete Sangalo jura que não topa que o programa vire semanal na grade de programação em 2007. ?A prioridade da minha vida é cantar. Não tenho tempo para me dedicar a isso. Entrar na grade para mim é ser presa?, despista a aprendiz de apresentadora.

P – Este é o terceiro ano apresentando o Estação Globo, que vem com novidades, como as festas temáticas. Que avaliação você faz dessa nova edição do programa?

R – É uma alegria me chamarem novamente. Nunca pensei em recusar. Neste ano, por conta da intimidade e minha interação com a equipe, me sinto mais à vontade e relaxada. Estou mais tranqüila na função de apresentadora, porque todos conhecem melhor o meu jeito de fazer as coisas. Neste terceiro ano as coisas têm fluído melhor. Ontem vi o primeiro programa editado, o que foi importante para eu analisar minha atuação, ver o resultado do conjunto e o estilo desse programa.

P – Em algum momento a produção foi inspirada no extinto Globo de Ouro?

R – Não, porque o Brasil mudou muito nos últimos 20 anos. A música sertaneja era apenas regional. Hoje a produção de tevê e a própria música são diferentes. Vai ter funk com axé e rap em um mesmo programa e também uma música de Elba Ramalho. Vamos misturar isso com o humor dos programas da emissora para dar uma outra cara ao musical. É uma nova aposta.

P – Outra aposta foi colocar uma platéia de 600 pessoas, o dobro dos anos anteriores. Por que um público tão grande este ano?

R – Queria mais lugar para os meus fãs. Os textos todos são feitos de acordo com o meu jeito de expressar. A minha personalidade está muito impressa no programa. Fico com uma ?egotrip? absurda. Saio daqui me achando o máximo. Não sou tolhida em nenhum momento com minhas idéias, mas sou muitíssimo direcionada. Às vezes piro e pergunto se seria interessante aparecer saindo de uma bola voando no palco. Aí vem alguém e me diz: ?Uma bola é sensacional, mas o que você acha de apenas surgir atrás do palco?? (risos).

P – Talvez sua participação mais importante tenha sido na seleção musical. O que está reservado para as cinco ?festas??

R – Os temas das festas são muito familiares, são festejos inseridos no cotidiano da família brasileira. Encaixamos os artistas nesse contexto. Como no ano passado focamos muito nas paradas de sucesso, desta vez trazemos quem está fora da tevê, como Alceu Valença. Mas o especial de Natal vai ser uma grande festa infantil, com a platéia só de crianças. Tem também a Xuxa e a Adriana Partimpim.

P – Qual a possibilidade de o programa entrar na grade de programação em 2007?

R – Para mim, entrar na grade é ser presa (risos). Jamais fiz planos de virar apresentadora. Sempre digo que ladrão é que faz planos. Nunca tive planos de fazer tevê e estou achando uma delícia. Nós artistas temos a cachaça do aplauso. Quem não gosta de ser notado que fique em casa escondido. Mas acho difícil conciliar um programa com minha carreira. Minha prioridade é a música, minha carreira como cantora. Prefiro ficar com um programa anual mesmo.

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