Autor de “O Código Da Vinci” questiona acusação de plágio

O escritor Dan Brown disse hoje que ficou chocado com a acusação de plágio em relação a seu best-seller o Código Da Vinci, um dos maiores êxitos de vendas da área editorial das últimas décadas. Brown compareceu hoje a um tribunal de Londres para responder ao processo aberto pelos historiadores Richard Leigh e Michael Baigent contra a editora do livro, a Random House. Eles alegam que Brown copiou idéias de sua obra de 1982 "The Holy Blood and the Holy Grail" ("O Santo Graal e a Linhagem Sagrada").

Em uma declaração divulgada hoje, momentos antes de entrar no tribunal, Brown afirma: "Fiquei chocado com a reação deles. Mais do que isso, realmente não entendi".

Os dois livros exploram a teoria de que Jesus Cristo não morreu na cruz, tendo sobrevivido e tido filhos com Maria Madalena, cujos descendentes sobrevivem.

Em uma declaração de 69 páginas, Brown diz que Baigent e Leigh são apenas dois de um grupo de escritores que escreveram sobre essa teoria. O escritor afirma ter ido além de suas obrigações ao mencionar o nome dos dois por serem aqueles que tornaram a teoria mais conhecida. "Gostaria de reafirmar que fiquei espantado com a opção dos requerentes de abrir um processo de plágio", disse Dan.

Em depoimento anterior, Michael Baigent disse ao tribunal que Dan Brown roubou "toda a arquitetura" da pesquisa que fez parte do livro deles. Acrescentou que há semelhanças "bastante específicas" entre os livros, mas admitiu que há muitas diferenças.

A Random House disse que Dan Brown usou diferentes fontes para sua pesquisa e escreveu uma sinopse para O Código Da Vinci antes mesmo de olhar para O Santo Graal e a Linhagem Sagrada.

O terceiro autor de O Santo Graal e a Linhagem Sagrada, Henry Lincoln, não está participando do processo devido a problemas de saúde.

O "thriller" teológico de Brown vendeu mais de 40 milhões de cópias em todo o mundo desde que foi publicado há três anos.

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