ArtRio será aberta nesta 5ªf ao público

Em sua terceira edição, mas com credenciais de feira já estabelecida, a ArtRio foi aberta ontem, 4, a colecionadores e curadores com boas vendas e discursos cautelosos com relação à alta do dólar. Só nesta quinta-feira, 5, o público que paga ingresso (R$ 20), para o qual os galpões do cais do porto se transformam numa gigantesca exposição a ser visitada, terá acesso à produção exposta pelas 106 galerias participantes, brasileiras e estrangeiras vindas da Europa e das Américas.

Das 11 às 13 horas, só VIPs tiveram acesso aos armazéns. Cerca de 3 mil convites foram distribuídos para os 30 principais clientes de cada galeria. Negócios foram fechados rapidamente. Na paulistana Nara Roesler, uma escultura de Angelo Venosa saiu por R$ 80 mil; a Vermelho, também de SP, que não quis divulgar valores, vendeu obras de Marcelo Cidade e Nícolas Bacal. “São colecionadores que sabem muito bem o que estão comprando”, comentou Eduardo Brandão, que trouxe a Vermelho.

N’A Gentil Carioca, já às 13h30 um Rodrigo Torres havia sido comprado por R$ 15 mil, e três artistas estavam com obras reservadas: Jarbas Lopes, ao preço de R$ 65 mil, José Bento, por R$ 45 mil, e Laura Lima, por R$ 35 mil.

Na nova-iorquina Pace, vários móbiles de Alexander Calder estavam reservados também nas primeiras horas da ArtRio. “É nosso primeiro ano na feira e percebemos que há um grande interesse pelo Calder aqui”, disse a diretora internacional, Elizabeth Esteve.

Ontem, os Calders foram possivelmente a maior atração da ArtRio: o espaço da Pace ficou lotado. A espanhola Mayoral exibe Mirós; a Gagosian, considerada a maior do mundo, Picasso, Degas, Giacometti, Pollock, Andy Warhol e Damien Hirst, entre outros artistas que movimentam milhões.

Representado por duas de suas galerias na feira, Vik Muniz batia papo no espaço da Gagosian. “Eu não venho a feiras ver arte, venho ver gente”, contava. “Eu não acreditava nessa feira, achava que o mercado estava perto da saturação, mas errei. Ainda assim, acho difícil trazer o colecionador internacional, porque ele pode comprar mais barato em Nova York.”

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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