Angra faz show para um bom público em Curitiba

Foto: Divulgação
angra2231104.jpg

O público curitibano pôde matar as saudades de uma das melhores bandas de metal melódico do mundo.

A última sexta-feira teve um sabor especial para os fãs de heavy metal em Curitiba. Após uma ausência de dois anos sem se apresentar na capital paranaense, a banda de metal melódico Angra, considerada um dos principais grupos no estilo, aportou no Moinho São Roque, promovendo seu mais novo trabalho, intitulado Temple of Shadows, e fez a alegria de 2.600 fãs que foram prestigiar o show.

Coube a banda curitibana Dark Symphony aquecer o público antes da apresentação do Angra. Praticando um metal melódico fortemente influenciado pelo grupo finlandês Stratovarius, o grupo paranaense conseguiu agitar bastante o público presente, tocando músicas próprias e dois covers da já citada banda finlandesa, que foram Speed of Light e Kiss of Judas. O Dark Symphony conta com bons músicos, com destaque ao baterista Wellington, que "judiou" de seu instrumento. A banda é boa, mas carece um pouco mais de identidade. Nada que o tempo não resolva.

Já se passavam da meia-noite quando começou a rolar, no playback, as faixas instrumentais Gate XIII e Deus Le Volt. Nesse momento o público foi a delírio e quando a banda emendou a música Spread Your Fire o Moinho São Roque veio abaixo.

Agitando muito, a banda mostrou o porquê de ser considerada uma das melhores do estilo. Rafael Bittencourt e Kiko Loureiro formam uma das duplas de guitarras mais entrosadas na atualidade. Felipe Andreoli e Aquiles Priester, respectivamente baixista e baterista, formam uma "cozinha" minimalista, com uma precisão cirúrgica. E o vocalista Edu Falaschi tem se mostrado cada dia melhor e cantando de forma cada vez mais agressiva. É verdade que ele cometeu alguns deslizes, mas ele compensou isso com muita garra e com uma boa movimentação no palco.

As músicas novas animaram bastante os fãs, como a rápida Temple of Hate e a balada Wishing Well, mas foram nas canções mais antigas que o público agitou mais, como na pesada Nothing to Say, nas "abrasileiradas" Carolina IV (que abre com uma fantástica percussão executada pela banda) e Never Understand (essa música a banda "resgatou" para o seu set list, pois há anos ela não era executada), nas melódicas Angels Cry e Acid Rain e nas intimistas Rebirth (cujo início foi cantando somente pelo público, fazendo deste um dos momentos mais belos da apresentação) e Heroes of Sand.

Para fechar a noite com chave de ouro, a banda encerrou o show com a "onipresente" Carry On e com a maravilhosa Nova Era e ainda deu tempo para a banda tocar a introdução do clássico do thrash metal Rainning Blood, do Slayer. Pena que não a executaram na íntegra.

Após o término do show, era visível a cara de satisfação do público, que teve a certeza de que os R$ 25,00 da entrada valeram ? e muito! ? a pena.

Set list do Angra

1) Gate XIII/Deus Le Volt
2) Spread Your Fire
3) Waiting Silence
4) Acid Rain
5) Nothing to Say
6) Carolina IV
7) Angels and Demons
8) Wishing Well
9) Milleniun Sun
10) Never Understand
11) Heroes of Sand
12) Rebirth
13) Shadow Hunter
14) Angels Cry
15) Temple of Hate

Bis

16) Unfinished Allegro/Carry On
17) In Excelsis/Nova Era
18) Rainning Blood

Voltar ao topo