Zetti faz mistério com a escalação para o clássico de amanhã

As três vitórias consecutivas praticamente garantiram o Paraná Clube na segunda fase do estadual. O time está mais focado na Copa Libertadores.

O resultado do duelo não ameaça a fase de calmaria. Mas é véspera do clássico mais aguardado da primeira fase, o que faz o Tricolor mudar sua postura para o confronto com o Atlético, domingo, na Vila Capanema.

A começar pela programação da comissão técnica. Ontem, Zetti trocou o coletivo, que normalmente antecede as partidas dominicais, por um rachão, sem esboçar o time para o jogo. Sobre a escalação, o técnico mantém segredo -sabe-se apenas que usará o time titular, que entrou em campo na quarta-feira, diante do Iguaçu. Questionado sobre o eventual substituto de Dinelson, contundido, foi novamente evasivo.

?Já sei quem colocar.

Temos jogadores que podem manter o ritmo?, disse, sem citar nomes.

Até o presidente José Carlos de Miranda reagiu ao saber que o técnico atleticano Vadão queixara-se da condição de ?vítima do cansaço? que estaria sendo atribuída ao Paraná. ?Não ouvi ninguém aqui dentro reclamando. Aliás, estamos gostando do cansaço, pois é o preço pago por estarmos na Libertadores. Mas respeitamos o Vadão e sabemos que polêmicas são normais antes do principal jogo do campeonato?, disse.

Esconde-esconde à parte, Zetti realmente depende de um aval médico para escalar um dos principais destaques tricolores em 2007. Dinelson torceu o tornozelo contra o Iguaçu e faz sessões de fisioterapia para acelerar a recuperação. Fosse outra partida, provavelmente estaria vetado. ?Não sou moleque para entrar em campo sem ter condições. Mas a vontade de jogar é enorme. Não existe motivação maior que um clássico e até esquecemos a dor?, falou o meia.

Dinelson ainda passa por tratamento hoje, mas só horas antes do clássico sua presença será confirmada ou descartada. Se não jogar, Joelson é o favorito para substituí-lo. De resto, Zetti deve repetir a equipe da última quarta-feira, com exceção do retorno de André Luiz à lateral-direita.

Primeira vez contra o ex-clube

O clássico de domingo traz boas lembranças para o lateral-direito André Luiz. Revelado pelo Atlético, o jogador enfrenta pela primeira vez o ex-clube evitando falar em ressentimentos.

Ex-jogador da seleção brasileira sub-20, André estreou no profissional do Atlético em abril de 2004. Prejudicado por uma lesão que o deixou seis meses parado, não teve seqüência no Rubro-Negro e no ano seguinte foi emprestado à Ferroviária (SP). Depois rodou por Inter, Brasiliense e Espanyol (Espanha), mas sem vingar em nenhum deles.

Sem rumo, o jogador veio parar no Paraná no ano passado. Não chegou a estrear na equipe principal e disputou apenas a Copa 100 Anos com o time B. Por muito pouco não foi disputou o Estadual-2007 pelo Roma – chegou a ser apresentado pelo clube de Apucarana.

A redenção veio com o técnico Zetti, que pediu à diretoria que o trouxesse de volta, após a saída do, então, titular Peter. Escalado desde o início da temporada, André Luiz ganhou a confiança do técnico e não saiu mais do time, mostrando estilo baseado na força física e solidez na marcação.

Diante do ex-clube, André não esconde a vontade de mostrar o valor não reconhecido. ?Sempre tem um gosto especial. Mas sei que o prata-da-casa dificilmente tem oportunidade?, falou, mostrando tom respeitoso ao agora rival. ?Tenho carinho pelo Atlético, foi o clube que me revelou e me abriu as portas para o futebol.

Mas agora quero ganhar dele.

Assim é a vida?, filosofou.

Paraná apresenta os novos uniformes da Penalty

Foto: Valquir Aureliano

Beto, Flávio e Dinelson fizeram
um ?bico? de modelo.

A parceria entre o Paraná Clube e a empresa de material esportivo Penalty foi selada oficialmente ontem, com a apresentação dos uniformes da equipe. Meio sem jeito, os titulares Flávio, Beto e Dinelson serviram de modelos dos uniformes de goleiro, ?um? e ?dois?, ontem, em solenidade na sede da Avenida Kennedy.

A camisa ?bicolor? tem gola em ?V? e detalhes em branco na manga. Já a branca tem gola mais fechada e detalhes verticais em azul e vermelho nas laterais. A de goleiro, azul-claro, traz uma marca d?água com o desenho da gralha, símbolo do clube. Os calções exibem agora o número do jogador na parte da frente.

Segundo o presidente paranista, José Carlos de Miranda, a inglesa Reebok e a italiana Diadora formularam propostas para vestir o Tricolor. ?Todos sabem de minhas convicções nacionalistas. É uma satisfação para nós firmar parceria com uma grande empresa brasileira?, disse o presidente, lembrando que a Penalty já fornecia uniformes à seleção paranaense de handebol na época em que presidiu a federação, local do esporte nos anos 70.

Ideologia à parte, o que pesou mesmo em favor da Penalty foi a proposta de três anos de contrato, enquanto as concorrentes ofereceram vínculo até o final do ano. Além disso, a Penalty comprometeu-se a fornecer material a todas as categorias de base do clube e ao time de futsal. ?Também há um projeto para a empresa reformular as três lojas do clube, além de novas ações de marketing?, afirma Miranda, explicando as diferenças em relação ao contrato anterior com a Joma.

Hoje a diretoria deve anunciar o novo patrocinador master, que estampará a frente e as costas da camisa tricolor.

O Consórcio Embracon mantém contrato com o clube, mas a marca será divulgada nas mangas. A estréia do novo uniforme acontece em 14 de março, na partida contra o Flamengo, pela Libertadores.

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