Vôlei feminino procura uma nova levantadora

São Paulo (AE) – Procura-se levantadora para a seleção brasileira de vôlei. O que poderia ser o texto de uma placa de publicidade oferecendo vaga no mercado de trabalho será a principal preocupação do futuro técnico da seleção, como admite o técnico José Roberto Guimarães. "Estamos há quatro anos das Olimpíadas de Pequim e certamente esse vai ser o principal foco de quem for o treinador do Brasil", observa o técnico, que ainda não se considera efetivado no cargo, apesar de já ter recebido o aval da Confederação Brasileira de Vôlei. "Já enviei o relatório das Olimpíadas, mas ainda não conversei com a CBV", afirma, sobre sua permanência na seleção.

Se Zé Roberto observa que a reposição de boas levantadoras no vôlei é uma crise mundial, admite que com a saída de Fernanda Venturini da seleção, após as Olimpíadas de Atenas, e Fofão, em temporada na Itália, que também não deverá permanecer até 2008, a preocupação é ainda maior para o Brasil. O técnico definiu como "um grande baque" para a seleção a saída de Fernanda e Fofão.

Quem vai comandar em quadra o jogo do Brasil na China. Ana Tiene Takagui? "É muito novinha", afirma Zé Roberto. A garota é alta, tem 1,87 m, mas apenas 17 anos. Daniele Lins? Tem 18 anos e ainda está afastada dos jogos até que termine os estudos sobre o seu coração. "Acho que o Brasil teria umas três jogadoras, no máximo, que poderiam ser trabalhadas para Pequim", ressalta Zé Roberto, acrescentando que a atacante Erika pode estar nessa lista se mudar de posição.

Erika, que tem treinado com as outras levantadoras da Finasa/Osasco, para se adaptar aos movimentos da posição, porque é baixa para os padrões internacionais das atacantes, segundo o técnico, tem um bom handicap para adotar a nova posição. "Tem movimento de perna muito bom e lê bem o jogo." Se investir nos treinamentos, Erika poderá ser muito boa na avaliação do técnico que tem investido tempo extra nos treinos de sua equipe para as levantadoras. Gisele, Ana Cristina e Dani, além de Erika, têm trabalhado fora dos treinos normal do grupo.

O jeito será, na avaliação de Zé Roberto, observar a Superliga Feminina e escolher.

Meninas do PR disputam bronze

A derrota por 3 sets a 1 para a seleção de Minas Gerais, nos VIII Jogos da Juventude, ontem no ginásio do Núcleo Bandeirante em Brasília, com parciais 25/19, 15/25, 17/25 e 23/25, tirou das meninas paranaenses a chance de lutar pelo título da competição. Hoje, elas enfrentam Pernambuco, às 8h30, no mesmo local, para ficar com a medalha de bronze dos Jojubs.

Apesar de não ter se classificado para a final, o time paranaense foi muito elogiado pelo assistente técnico da seleção brasileira infanto-juvenil, Maurício Thomas, que estava presente ao ginásio observando as atletas. "O Paraná é uma equipe sem destaques individuais, mas que se sobressai no conjunto", disse.

Os Jogos da Juventude se encerram hoje e envolvem cerca de três mil atletas dos 26 estados brasileiros mais o Distrito Federal, na disputa em onze modalidades.

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