Vitórias tranquilizam o ambiente na Vila Capanema

Após um início de Série B preocupante, o Paraná Clube conseguiu um salto de qualidade e jogadores e comissão técnica veem a sequência de duas vitórias sobre Vasco e Juventude como a arrancada do time na busca pelo G4.

Sem se deixar iludir pelos resultados, Zetti mantém “pés no chão” e admite que ainda há muito o que fazer. Porém, com os recentes sucessos, conquistou tranquilidade e fôlego para as próximas missões. Projeta um avanço natural com os dez dias de “serenidade” até o duelo com o Ceará, no dia 12 de junho, no Durival Britto.

Num rápido comparativo entre o atual momento e aquilo que o Tricolor viveu no ano passado, é fácil perceber o motivo da confiança do treinador. Em 2008, nessa mesma rodada, o Paraná tinha somado apenas três pontos, estava na lanterna da Segundona.

Situação que definiu a primeira troca no comando técnico: saiu Paulo Bonamigo, entrou Rogério Perrô. Mais do que isso, a equipe não conquistou uma vitória sequer.

Hoje, conseguiu emplacar uma sequência de resultados positivos, algo que na temporada passada só ocorreu entre as rodadas de número 12 e 13 (com vitórias sobre Brasiliense e Barueri).

Hoje, numa “quase confortável” 10.ª posição, o time de Zetti vai poder trabalhar à vontade, livre de pressão, até encarar os cearenses. “Era fundamental a gente conseguir esses resultados. Foi suado, mas isso também dá credibilidade ao time, que mostrou além de técnica poder de reação e luta.”

Sobre o jogo em Caxias do Sul, 1×0, num golaço de Adoniran, Zetti não ficou em cima do muro. “Não jogamos bem. Mas, a equipe soube sair do momento de dificuldade, fez seu gol e depois sustentou a pressão. Poderíamos até ter encaixado um ou outro contragolpe, mas o placar ficou de bom tamanho”, resumiu.

O mérito da atual comissão acaba sendo potencializado pelo fato do Paraná ter remontado seu time às pressas. “Chegaram nada menos do que catorze jogadores. Na prática estamos conhecendo alguns, ainda”, admitiu o auxiliar técnico César Xavier.

“E, é importante destacar, muitas vezes você tem uma análise do atleta treinando e no jogo é completamente diferente.” Caso, por exemplo, de Luiz Henrique. O volante, na visão atual de Zetti, é mais um jogador de armação e menos um potencial marcador. Quadro que fez, em Caxias do Sul, o técnico mexer no time ainda no primeiro tempo, quando o Paraná se viu acuado pelo Juventude.

“Conseguimos corrigir a tempo, usando um plano B, que já havia até idealizado. Preferi manter o time das últimas jornadas, mas não deu certo”, comentou o treinador. “Mas, aos poucos vamos fazendo o encaixe das peças até atingir uma formação ideal. Nesta Série B, é impossível trabalhar com apenas onze titulares e isso tenho passado seguidamente aos nossos jogadores”, emendou o técnico paranista, sempre frisando que o que garante conquistas é um elenco forte, não um time brilhante.

Filosofia que Zetti espera levar até a última rodada da Segundona, onde sonha conquistar sua meta, reconduzindo o Tricolor à primeira divisão do futebol nacional.

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