Vitória coloca o Coritiba perto dos líderes

Superação. Este foi o ingrediente principal na vitória do Coritiba sobre o Figueirense, por 2 a 1, ontem à tarde, em Florianópolis. Após abrir vantagem de dois gols jogando um belo futebol, o Alviverde acabou prejudicado com a expulsão de Lima e teve que se desdobrar para não sucumbir à pressão e garantir mais três pontos na tabela de classificação. Com a vitória, o Coritiba conquistou o saldo de quatro pontos em seis disputados fora de casa – no meio da semana, a equipe empatou em 2 a 2 com o Cruzeiro, em Belo Horizonte.

O Figueirense iniciou a partida esboçando iniciativa, mas não demorou muito para o Coritiba começar a mandar no jogo. Com uma armação tática perfeita, a defesa formada pelo trio Danilo, Reginaldo Nascimento e Ceará dava segurança ao setor ofensivo, que pintava e bordava na defesa adversário. A impressão é que o Alviverde jogava em seus domínios, reforçada pela boa presença de coxas-brancas nas arquibancadas do estádio Orlando Scarpelli.

No entanto, apesar do maior volume de jogo, as falhas de finalização prejudicavam o Coritiba. A sorte era outro ingrediente que faltava para sacramentar o sucesso alviverde. Aos 13 minutos, por exemplo, o goleiro Édson Bastos cobrou mal um tiro-de-meta e acertou as costas de Cléber. A bola passou tirando tinta da trave.

A justiça, entretanto, se fez presente aos 34 minutos. Tcheco cobrou lateral para Marcel, que da linha de fundo cruzou para a área. O oportunista Danilo apareceu entre os zagueiros e cabeceou certeiro, abrindo o marcador.

Se antes de fazer o gol o Coritiba já levava vantagem, com 1 a 0 no placar o Figueirense só se defendia. A exceção foi um lance de bola parada aos 41 minutos, quando Cléber cabeceou uma bola por cima do gol. “Estamos muito bem e temos que manter essa qualidade”, advertiu o atacante Marcel na saída para os vestiários.

Sufoco

Mal havia recomeçado a partida, o Coritiba aumentou a diferença. Aos 45 segundos, Lima fez boa jogada individual pela direita e cruzou para Edu Sales, que deixou Márcio Goiano para trás e chutou por baixo do goleiro. O segundo gol alviverde serviu para acordar o Figueirense, que tentava equilibrar as ações do jogo e ao menos reduzir a diferença no marcador. Aos 21 minutos, o atacante Lima deu uma “forcinha” para o adversário. O jogador já havia recebido o cartão amarelo e o árbitro Paulo César de Oliveira entendeu que ele havia simulado uma contusão. Resultado: cartão vermelho.

Para compensar a desvantagem numérica, o técnico Paulo Afonso Bonamigo abriu mão de Edu Sales e escalou Souza, com a função de dar mais consistência ao meio-campo. A ausência de Edu na frente fez com que o Figueirense afrouxasse ainda mais a marcação e partisse com tudo para cima do Coritiba, que passou a jogar na marcação cerrada. Para a sorte alviverde, as chances criadas pelo Figueirense eram desperdiçadas com chutes tortos e passes malfeitos. A história só foi diferente aos 27 minutos, quando o meia Willian diminuiu. Na jogada iniciada por Bilu, a defesa coxa parou pedindo impedimento e Willian passou entre a zaga e apareceu na cara do gol, sem chances para Fernando. De fato, o jogador pareceu um pouco adiantado na jogada, mas o árbitro validou o gol.

Empolgado, o Figueirense empurrou o Coritiba para o campo de defesa e Fernando começou a trabalhar intensamente, com defesas fundamentais para a confirmação da vitória.

União do grupo compensa saída de Lima

Na tarde de ontem, mais uma vez o Coritiba deu mostras de seu espírito de grupo. Depois de construir uma boa vantagem, o time teve que multiplicar as forças para compensar a ausência de Lima, que deixou o time jogando com dez homens por meia hora. Mesmo tendo que correr o dobro, os pupilos do técnico Paulo Afonso Bonamigo lutaram até o fim e foram premiados com uma importante vitória, que deixa o time com moral para o próximo compromisso, contra o Atlético Mineiro, no próximo domingo.

“Quando dava para jogar, jogamos. Mas com um a menos ficou difícil. Tomamos sufoco, mas já havíamos construído a vitória e conseguimos garantir os três pontos”, disse o goleiro Fernando.

Segundo o técnico Bonamigo, não foi o Coritiba que caiu de produção na segunda etapa, mas o Figueirense que cresceu. “Eles estavam com um homem a mais, jogando em casa. Quando decidiram partir para cima, optamos por marcar e jogar nos contra-ataques”, explicou, justificando as poucas investidas ofensivas após a expulsão de Lima, que fica de fora do próximo compromisso. Em contrapartida, o treinador poderá contar com o retorno do zagueiro Odvan, que cumpriu suspensão na partida de ontem. O zagueiro Edinho Baiano, que se recuperou de uma contusão no ombro, também deve ficar à disposição.

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