Violência na Inglaterra ainda preocupa

Londres – O problema está sob controle, mas as autoridades inglesas ainda se mantêm em estado de alerta: o “hooliganismo?? continua vivo e forte no futebol britânico. Segundo estatísticas divulgadas pelo Ministério do Interior (Home Office) da Grã-Bretanha, nada menos de 3.982 prisões foram feitas durante jogos em 2003/04, 10% a menos se comparadas com a temporada anterior.

Outros números positivos na guerra contra a violência nos estádios foram registrados nos jogos da seleção inglesa. Pela primeira vez em muitos anos, na Eurocopa-2004, em Portugal, a imprensa não noticiou badernas promovidas por torcedores ingleses. Ao contrário, competição disputada na Bélgica, em 2000 a situação por pouco não ficou fora de controle.

O pequeno Portsmouth, da Premier League, a divisão principal da Inglaterra, ostenta o discutível recorde de possuir o torcedor violento mais novo da triste história do hooliganismo: um garoto de apenas 10 anos. Não por coincidência, o Portsmouth tem o maior número de torcedores detidos por violência em estádios: 146.

O Leeds, rebaixado recentemente, vem em segundo lugar, com 109 presos, enquanto o poderoso e rico Manchester United ocupa a terceira colocação nesse campeonato, com 108 torcedores detidos pela polícia. Dois pequenos clubes de Londres – Fulham e Charlton – são os mais comportados: oito e seis torcedores, respectivamente detidos por prática de violência em estádios.

A polícia inglesa criou métodos novos no combate ao “hooliganismo??, que foram adotados por outros países. Mas o que acabou funcionando mesmo foi a exclusão dos encrenqueiros mais conhecidos dos estádios britânicos e também dos de outros países europeus. A última estatística indica que nada menos de 2.596 torcedores foram fichados e punidos, um aumento da ordem de 45%. O governo e a polícia têm motivos para comemorar, mas as autoridades consideram cedo demais para fazer a festa.

Voltar ao topo